São Paulo, terça-feira, 18 de dezembro de 2007

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CORÉIA DO SUL

Candidato que lidera corrida presidencial será investigado

DA REDAÇÃO

De aparentemente definida, a eleição presidencial na Coréia do Sul tornou-se incerta ontem, quando o Parlamento votou pela abertura de uma investigação contra Lee Myung-bak, o líder nas pesquisas e candidato do oposicionista Grande Partido Nacional.
Analistas prevêem que a decisão dificilmente prejudicará o caminho do político conservador rumo à vitória na eleição de amanhã. Mas dizem que o problema trouxe à tona uma questão para os eleitores -o que é mais importante em um presidente: a ética ou a habilidade para lidar com a economia?
Mesmo se Lee ganhar, terá passado pela humilhação de ser o primeiro presidente eleito sul-coreano a encarar uma investigação criminal.
A medida do Parlamento ocorreu um dia após a divulgação de um vídeo, que mostra uma palestra de Lee em 2000, em que diz ter fundado uma empresa de investimentos que está hoje no centro de acusações de manipulação no mercado de ações.
Lee nega qualquer envolvimento com a companhia, BBK. Ontem, disse que havia feito "algumas declarações incorretas" na palestra.
O procurador independente deverá completar sua investigação em 40 dias, antes que o vencedor da eleição assuma, em fevereiro.
Lee, 65, tem sido questionado sobre sua ética. Mas os sul-coreanos decidiram segui-lo -alguns cansados dos dois governos liberais sucessivos e outros crentes de que Lee, um ex-executivo estelar da empresa Hyundai, poderia impulsionar a economia.
Nas últimas pesquisas, ele estava 30% à frente de seu maior rival. Para analistas, o vídeo, embora tenha revelado fraquezas de Lee, pode ter aparecido tarde demais.


Com o "New York Times"


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