São Paulo, sábado, 18 de dezembro de 2010

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FOCO

Último membro da dinastia Kennedy deixa o Congresso

DO "NEW YORK TIMES"

A era da mais tradicional dinastia política dos Estados Unidos chegou o fim com o último membro Kennedy empacotando lembranças de sua família em uma caixa.
Quando o oitavo mandato de Patrick Kennedy terminar, no início do próximo mês, será a primeira vez desde 1947 -quando o ex-presidente John Kennedy, seu tio, se tornou congressista de Massachusetts- que nenhum membro da família ocupará um gabinete federal.
Patrick afirmou que estava fechando seus comitês e que não iria manter qualquer dinheiro de campanha.
Com o senador Ted Kennedy, seu pai, morto em agosto de 2009 de câncer no cérebro, não há ninguém da família com planos para concorrer a um cargo político.
Patrick tinha 21 anos quando foi eleito para a Câmara dos Deputados por Rhode Island em 1988, vencendo apenas com ajuda do nome.
Ele nunca considerou uma vida fora da política, disse, porque tinha intenção de seguir os passos do pai.
Patrick deixou sua marca em 2008 com uma lei que exige cobertura igual de seguro para o tratamento de doenças físicas e mentais e se tornou um forte defensor da retirada das tropas americanas do Afeganistão.
Nos últimos meses, ele tem defendido tratamento para veteranos. Mesmo assim, tornou-se mais conhecido por seu sobrenome e flertes com vício do que por seu trabalho legislativo.
Ele quer atrair atenção e recursos para pesquisar o cérebro. Patrick também planeja escrever um livro de memórias.
Seu interesse é pessoal, por já ter sido tratado por vício em cocaína quando era adolescente, ter sido diagnosticado de desordem bipolar após ser eleito ao Congresso em 1994 e depois, pelo vício em analgésicos.
Outros Kennedys, como a viúva de Ted, Victoria Reggie, vista como possível candidata ao Senado por Massachusetts, ainda podem entrar para a política.


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