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Rússia e Ucrânia anunciam
acordo sobre preço do gás
Trato deve ser assinado hoje; UE se mostra cética
DO "FINANCIAL TIMES"
Rússia e Ucrânia anunciaram
ontem ter chegado a um acordo
que pode pôr fim à crise que
praticamente cortou o fornecimento de gás russo à Europa
por 12 dias no auge do inverno.
Ontem, após um dia de negociação, os premiês Vladimir Putin (russo) e Yulia Tymoshenko
(ucraniana) disseram em Moscou que o texto, o qual fixa novo
preço do gás russo vendido à
Ucrânia, será firmado hoje.
A União Europeia recebeu o
anúncio com cautela. Disse que
só vai celebrar quando o gás
chegar a seus consumidores.
Em 1º de janeiro, a Rússia
cortou o envio de gás à Ucrânia
em meio à escalada da disputa
política e econômica -a estatal
russa Gazprom exigia aumentar o preço do gás para a Ucrânia -hoje abaixo do mercado-
que, por sua vez, queria mais
pelo uso dos dutos que levam o
produto russo à Europa. No dia
7, Moscou cortou o envio do gás
à Europa via Ucrânia, acusando
o país de roubar o combustível.
A decisão afetou 18 países europeus -um quarto do gás consumido na UE é russo, e 80%
dele passa pela Ucrânia. No
Leste Europeu, o corte provocou fechamento de fábricas e
falta de gás para aquecer escolas e casas. Na Bulgária, a interrupção engrossou protestos de
rua contra o governo.
Pelo acordo, a Rússia venderá à Ucrânia gás com base na
mesma fórmula de preço usada
para a Europa, com desconto
de 20%, até o fim de 2009. A
Ucrânia se compromete a manter as tarifas de transporte cobradas da Rússia em 2008.
Segundo a TV russa, os ucranianos pagarão o dobro do que
pagavam em 2008. O trato, aparentemente, não resolveu temas como a suposta dívida de
Kiev e a responsabilidade pelo
"gás técnico", quantidade necessária para levá-lo à Europa.
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