São Paulo, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

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Rússia e Ucrânia anunciam acordo sobre preço do gás

Trato deve ser assinado hoje; UE se mostra cética

DO "FINANCIAL TIMES"

Rússia e Ucrânia anunciaram ontem ter chegado a um acordo que pode pôr fim à crise que praticamente cortou o fornecimento de gás russo à Europa por 12 dias no auge do inverno.
Ontem, após um dia de negociação, os premiês Vladimir Putin (russo) e Yulia Tymoshenko (ucraniana) disseram em Moscou que o texto, o qual fixa novo preço do gás russo vendido à Ucrânia, será firmado hoje.
A União Europeia recebeu o anúncio com cautela. Disse que só vai celebrar quando o gás chegar a seus consumidores.
Em 1º de janeiro, a Rússia cortou o envio de gás à Ucrânia em meio à escalada da disputa política e econômica -a estatal russa Gazprom exigia aumentar o preço do gás para a Ucrânia -hoje abaixo do mercado- que, por sua vez, queria mais pelo uso dos dutos que levam o produto russo à Europa. No dia 7, Moscou cortou o envio do gás à Europa via Ucrânia, acusando o país de roubar o combustível.
A decisão afetou 18 países europeus -um quarto do gás consumido na UE é russo, e 80% dele passa pela Ucrânia. No Leste Europeu, o corte provocou fechamento de fábricas e falta de gás para aquecer escolas e casas. Na Bulgária, a interrupção engrossou protestos de rua contra o governo.
Pelo acordo, a Rússia venderá à Ucrânia gás com base na mesma fórmula de preço usada para a Europa, com desconto de 20%, até o fim de 2009. A Ucrânia se compromete a manter as tarifas de transporte cobradas da Rússia em 2008.
Segundo a TV russa, os ucranianos pagarão o dobro do que pagavam em 2008. O trato, aparentemente, não resolveu temas como a suposta dívida de Kiev e a responsabilidade pelo "gás técnico", quantidade necessária para levá-lo à Europa.


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