São Paulo, quinta-feira, 19 de fevereiro de 2004

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"É preciso ajudar os iraquianos", diz secretário polonês

DA REDAÇÃO

Não estamos no Iraque "pelos ganhos econômicos, mas porque é preciso ajudar os iraquianos". A afirmação é de Tadeusz Iwinski, secretário de Política Externa do governo polonês. Leia a seguir trechos da entrevista que ele concedeu à Folha, por e-mail, em dezembro.
(MÁRCIO SENNE DE MORAES)
 

Folha - Varsóvia já pensa em retirar suas tropas do Iraque por causa da insegurança?
Tadeusz Iwinski -
Há pouco tempo, visitei o Iraque e devo dizer que os poloneses fazem um bom trabalho. Não se trata só dos soldados, apesar de termos lá quase 2.500 militares.
No passado, trabalharam no Iraque dezenas de milhares de operários, de engenheiros e de médicos poloneses. Muitos voltaram ao país agora para participar de sua reconstrução.
Nosso trabalho é de preparação, e queremos que os iraquianos se responsabilizem por seu país. Analisando o caso, vemos que certas coisas podiam ter sido mais bem feitas. Não foi apropriada a dissolução de todas as estruturas militares e policiais. Mas não nos arrependemos da decisão que tomamos.

Folha - Valeu a pena apoiar a invasão do Iraque?
Iwinski -
O mundo contemporâneo não tolera o isolacionismo. Se não quisermos extinguir as ameaças embrionárias, correremos o risco de a guerra bater à nossa porta. Se tivéssemos parado Adolf Hitler logo, talvez as atrocidades da Segunda Guerra pudessem ter sido evitadas. O regime iraquiano violava leis internacionais e foi responsável por massacres. Não estamos no país pelos ganhos econômicos, mas porque é preciso ajudar os iraquianos.


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