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"É preciso ajudar
os iraquianos", diz
secretário polonês
DA REDAÇÃO
Não estamos no Iraque "pelos ganhos econômicos, mas
porque é preciso ajudar os iraquianos". A afirmação é de Tadeusz Iwinski, secretário de Política Externa do governo polonês. Leia a seguir trechos da entrevista que ele concedeu à Folha, por e-mail, em dezembro.
(MÁRCIO SENNE DE MORAES)
Folha - Varsóvia já pensa em
retirar suas tropas do Iraque por
causa da insegurança?
Tadeusz Iwinski - Há pouco
tempo, visitei o Iraque e devo
dizer que os poloneses fazem
um bom trabalho. Não se trata
só dos soldados, apesar de termos lá quase 2.500 militares.
No passado, trabalharam no
Iraque dezenas de milhares de
operários, de engenheiros e de
médicos poloneses. Muitos
voltaram ao país agora para
participar de sua reconstrução.
Nosso trabalho é de preparação, e queremos que os iraquianos se responsabilizem por seu
país. Analisando o caso, vemos
que certas coisas podiam ter sido mais bem feitas. Não foi
apropriada a dissolução de todas as estruturas militares e policiais. Mas não nos arrependemos da decisão que tomamos.
Folha - Valeu a pena apoiar a
invasão do Iraque?
Iwinski - O mundo contemporâneo não tolera o isolacionismo. Se não quisermos extinguir as ameaças embrionárias,
correremos o risco de a guerra
bater à nossa porta. Se tivéssemos parado Adolf Hitler logo,
talvez as atrocidades da Segunda Guerra pudessem ter sido
evitadas. O regime iraquiano
violava leis internacionais e foi
responsável por massacres.
Não estamos no país pelos ganhos econômicos, mas porque
é preciso ajudar os iraquianos.
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