São Paulo, terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

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IRAQUE 1

Brasil vai reativar embaixada em Bagdá, anuncia Amorim

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou ontem que o Brasil deve reativar sua embaixada no Iraque "no curso do ano que vem", após quase 20 anos sem a presença de um embaixador brasileiro em Bagdá -hoje, a representação diplomática opera de Amã, na Jordânia.
A decisão política já foi tomada, mas ainda depende das condições de segurança. "Não posso estabelecer prazo fatal porque é uma coisa que não depende só do meu desejo", disse ontem o chanceler brasileiro, que acaba de voltar de viagem ao Oriente Médio. A decisão atende a pedido do governo iraquiano, que insiste na volta de embaixadores estrangeiros.
Segundo Amorim, interessa ao governo brasileiro garimpar negócios. "Lógico que é muito melhor ter uma embaixada lá, inclusive porque as perspectivas de negócios são grandes", disse.
No terceiro trimestre deste ano, o Itamaraty pretende abrir um escritório na capital iraquiana para onde o embaixador possa se deslocar.
A embaixada brasileira em Bagdá foi fechada em 1991, na primeira Guerra do Golfo. Nos últimos anos, o Brasil vem tentando reduzir o déficit comercial que possui com o Iraque. Em 2007, o déficit foi de US$ 181,8 milhões, contra US$ 423,09 milhões apurados no ano anterior.
A pauta de itens vendidos aos iraquianos é dominada por produtos básicos, como carnes e açúcar. Com o país em reconstrução, há potencial para setores da indústria nacional como a construção civil, por exemplo.


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