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Obama e dalai-lama têm encontro privado, mas foto chega à web
China expressa "forte insatisfação" por encontro, e tibetano se diz feliz por receber "apoio" dos EUA
DA REDAÇÃO
Rejeitando alertas da China
em momento de crescente tensão bilateral, o presidente dos
EUA, Barack Obama, recebeu
ontem, privadamente, o dalai-lama, o líder espiritual tibetano
exilado desde a invasão da China no Tibete, em 1950.
O caráter privado do encontro indica disposição dos EUA
de não afrontar abertamente a
China, no momento em que os
dois países enfrentam rusgas
em sua relação bilateral e que
Washington busca o apoio de
Pequim para nova rodada de
sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU.
Entretanto, uma imagem da
reunião, feita pelo fotógrafo
oficial de Obama, Pete Souza,
foi posteriormente postada no
"Flickr" (site de fotos) da Casa
Branca, onde recebeu dezenas
de comentários de internautas.
Em resposta, a Chancelaria
chinesa expressou, em comunicado, "forte insatisfação e resoluta oposição" à visita do dalai-lama a Washington.
O encontro tem forte simbolismo porque foi precedido de
expressos pedidos da China
que Obama não recebesse o líder budista -que Pequim qualifica de terrorista e separatista-, sob pena de prejudicar as
relações bilaterais.
Estas têm se deteriorado desde dezembro, em decorrência
de fatores diversos, como divergências na cúpula climática
de Copenhague, a suposta espionagem sofrida pelo Google
na China, desacordos quanto à
desvalorização do yuan (considerada pelos EUA prejudicial
às relações comerciais entre os
países) e da venda de armamentos americanos a Taiwan,
que desagradou os chineses.
Os dois vencedores do Prêmio Nobel da Paz se reuniram
ontem por pouco mais de uma
hora, numa sala de reuniões
privada. Em seguida, a Casa
Branca comunicou "firme
apoio à preservação da identidade religiosa e cultural do Tibete" e instou tanto o dalai-lama quanto o governo chinês a
resolver suas diferenças por
meio de negociações.
Já o dalai-lama disse estar
muito feliz com a reunião, na
qual foi discutida "a promoção
dos valores humanos", e que
sentiu "muito apoio" por parte
do presidente americano.
Com agências internacionais
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