São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 2011

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Lula saudou eleição de peruano como revés para Chávez

Para o brasileiro, a vitória de Alan García restaurou equilíbrio regional, diz WikiLeaks

DA FRANCE PRESSE

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou a eleição do peruano Alan García, em 2006, como um revés para o venezuelano Hugo Chávez, que apoiava abertamente o candidato derrotado Ollanta Humala.
A informação consta de um despacho do então embaixador americano em Lima, James Curtis Struble, revelado pelo site WikiLeaks.
No documento, Struble se refere a conversa com o diplomata peruano Pablo Portugal em que este relata um encontro entre Lula e García logo depois das eleições.
Segundo Portugal, o então presidente brasileiro qualificou a recente eleição do peruano como "um revés necessário para Chávez", que implicava uma "restauração do equilíbrio regional".
Lula então cumprimentou García pela vitória em segundo turno sobre Humala, retratado por críticos como representante do "chavismo".
Segundo Portugal, Lula ressaltou que ele e García eram "velhos amigos" que compartilham uma "mesma visão sobre a integração econômica, social e regional".
García venceu as eleições de 2006 no segundo turno e só depois de acirrada disputa com Humala, que defendia posições ultranacionalistas.
Durante a campanha, o hoje presidente do Peru teve ríspidas altercações públicas com Chávez acerca do que considerava ingerência em assuntos internos do país.
García já havia sido presidente entre 1985 e 1990 e entregara o país em precárias condições econômicas, mas na campanha recobrou apoio e foi eleito.
Neste ano, o Peru passa por novas eleições presidenciais, e Humala mais uma vez postula o cargo, agora com plataforma menos controversa e sem despontar como um dos favoritos. García não pode concorrer -o Peru não tem reeleição consecutiva.
Os principais candidatos neste ano são o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda, o ex-presidente Alejandro Toledo (2001-2006) e a filha do ex-ditador Alberto Fujimori, Keiko. Nenhum dos candidatos detém apoio explícito do venezuelano Hugo Chávez.


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