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CS da ONU ouve hoje relatório de Blix; sete chanceleres devem ir
DA REUTERS
Chanceleres de pelo menos sete
países devem comparecer hoje a
uma reunião do Conselho de Segurança para ouvir o chefe dos
inspetores da ONU, o sueco Hans
Blix, listar o que o Iraque precisa
fazer para provar que se desarmou, apesar de os inspetores da
entidade já terem deixado o país.
O secretário de Estado dos EUA,
Colin Powell, não deve ir à reunião, mas os principais opositores
da abordagem americana e britânica sobre a questão iraquiana
-os chanceleres Dominique de
Villepin, da França, Igor Ivanov,
da Rússia, Joshcka Fisher, da Alemanha, e Farouq al Shara, da Síria- devem comparecer ao encontro em Nova York.
Segundo Fred Eckhard, porta-voz da ONU, pelo menos sete ministros das Relações Exteriores
são esperados na reunião.
Blix deve apresentar a eles as
"tarefas-chave de desarmamento
remanescentes", de acordo com
uma resolução que exige um programa de trabalho a ser cumprido
pelo Iraque. O relatório de 83 páginas foi distribuído aos membros do CS anteontem.
O chefe dos inspetores afirmou
que Bagdá conhece a tecnologia
para produzir armas químicas,
porém disse ser "improvável" que
as use por causa da opinião pública internacional. "Há uma quantidade razoável de ceticismo em
relação a uma ação armada. Esse
ceticismo rapidamente se inverteria se [o Iraque] usasse armas químicas ou biológicas."
O embaixador da Alemanha na
ONU, Gunter Pleuger, cujo país se
opõe a uma guerra contra o Iraque, afirmou que o programa de
trabalho deveria ser endossado
pelo Conselho, conforme exige a
resolução 1284 (1999), apesar de
um provável ataque ao país liderado pelos EUA. "O sistema ainda
está aí e pode ser usado de novo,
depois do que acontecer nos próximos dias", disse Pleuger.
Richard Grenell, porta-voz do
embaixador dos EUA na ONU,
John Negroponte, disse que realizar a reunião equivalia a querer
"arrumar as cadeiras no Titanic".
O novo relatório de Blix é uma
versão condensada de um documento sobre questões ainda não
resolvidas distribuído na semana
passada, no qual criticou o Iraque
por não ter declarado um avião
não tripulado, mas disse que sua
equipe ainda tinha de determinar
a legalidade do equipamento. Ele
também questionou a alegação
do Iraque de que destruiu 21 mil
litros de agentes biológicos, incluindo o antraz, há 12 anos.
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