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Reator russo no Irã opõe país aos EUA
DA REDAÇÃO
EUA e Rússia discordaram ontem publicamente
a respeito de como lidar
com a ameaça nuclear iraniana, durante visita da secretária de Estado Hillary
Clinton a Moscou.
Pouco depois da chegada de Hillary ao país, o premiê Vladimir Putin anunciou que, dentro de alguns
meses, a Rússia inaugurará seu primeiro reator nuclear no Irã, em Bushehr,
com o objetivo declarado
de produzir eletricidade.
Questionada a respeito,
Hillary não criticou o projeto, mas o chamou de
"prematuro", ante a "falta
de garantias" de que o programa nuclear iraniano
não esteja buscando a
bomba -o que Teerã nega
estar fazendo.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, defendeu a
cooperação de seu país
com o Irã, dizendo que a
usina de Bushehr ajuda "a
manter a AIEA [Agência
Internacional de Energia
Atômica] presente no Irã e
a garantir que o país cumpra com sua obrigação de
não proliferação".
Os EUA buscam apoio
para uma nova rodada de
sanções contra Teerã no
Conselho de Segurança
(CS) da ONU. China e Rússia, donas de poder de veto
no CS, são em geral reativas a novas punições. Em
fevereiro, porém, Moscou
havia aderido ao bloco ocidental na condenação à escalada nuclear iraniana.
Mas ontem Lavrov disse
que "a discussão sobre
sanções ainda não começou no CS" e que "ainda
restam oportunidades para a diplomacia".
A questão iraniana ofuscou outro importante objetivo da visita de Hillary: a
discussão sobre a renovação do Start-1 (Tratado de
Redução de Armas Estratégicas), assinado em 1991
e que expirou em dezembro -há quase um ano negociadores russos e americanos tentam costurar um
novo acordo, que ontem
Hillary disse que deve sair
"em breve".
Com agências internacionais
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