São Paulo, sexta-feira, 19 de março de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Reator russo no Irã opõe país aos EUA

DA REDAÇÃO

EUA e Rússia discordaram ontem publicamente a respeito de como lidar com a ameaça nuclear iraniana, durante visita da secretária de Estado Hillary Clinton a Moscou.
Pouco depois da chegada de Hillary ao país, o premiê Vladimir Putin anunciou que, dentro de alguns meses, a Rússia inaugurará seu primeiro reator nuclear no Irã, em Bushehr, com o objetivo declarado de produzir eletricidade.
Questionada a respeito, Hillary não criticou o projeto, mas o chamou de "prematuro", ante a "falta de garantias" de que o programa nuclear iraniano não esteja buscando a bomba -o que Teerã nega estar fazendo.
O chanceler russo, Sergei Lavrov, defendeu a cooperação de seu país com o Irã, dizendo que a usina de Bushehr ajuda "a manter a AIEA [Agência Internacional de Energia Atômica] presente no Irã e a garantir que o país cumpra com sua obrigação de não proliferação".
Os EUA buscam apoio para uma nova rodada de sanções contra Teerã no Conselho de Segurança (CS) da ONU. China e Rússia, donas de poder de veto no CS, são em geral reativas a novas punições. Em fevereiro, porém, Moscou havia aderido ao bloco ocidental na condenação à escalada nuclear iraniana.
Mas ontem Lavrov disse que "a discussão sobre sanções ainda não começou no CS" e que "ainda restam oportunidades para a diplomacia".
A questão iraniana ofuscou outro importante objetivo da visita de Hillary: a discussão sobre a renovação do Start-1 (Tratado de Redução de Armas Estratégicas), assinado em 1991 e que expirou em dezembro -há quase um ano negociadores russos e americanos tentam costurar um novo acordo, que ontem Hillary disse que deve sair "em breve".

Com agências internacionais



Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Análise: Há espaço para a "intrusão" do Brasil?
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.