DA EFE

Em depoimento à Justiça ontem, um ex-diretor do Departamento Administrativo de Segurança (DAS), o órgão de inteligência da Colômbia, denunciou a infiltração do paramilitarismo em 12 instituições civis e militares do país, incluindo quatro ministérios e o próprio órgão que chefiava. Rafael García citou nominalmente a ex-ministra do Meio Ambiente Sandra Suárez e Ángel Maya, irmão do atual advogado-geral da União, Edgardo Maya.
O depoimento agrava o chamado escândalo da parapolítica, que já pôs sob investigação 61 parlamentares (mais de 20% do total), todos da base do presidente Álvaro Uribe. Nesta semana, mais quatro parlamentares foram relacionados às Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) pela Corte Suprema.
Um dos envolvidos, ontem, é a atual presidente do Senado e do Congresso, Nancy Patricia Gutiérrez. Ela é acusada de ligações com John Freddy Gallo, "O Pássaro", chefe paramilitar do departamento (Estado) de Cundinamarca.
As AUC, criadas nos anos 80 para combater guerrilheiros marxistas, foram oficialmente desbaratadas em 2003, depois de acordo com o governo Uribe, mas muitos de seus integrantes hoje participam de grupos menores, entre eles o Águias Negras.
Em resposta a Uribe, que anteontem advertira a Corte Suprema contra medidas que podem "abrir as portas à instabilidade institucional", o presidente do tribunal, Javier Zapata Díaz, disse ontem que há "objetividade total" nas decisões do órgão, "conforme as provas, a lei e a Constituição".


Texto Anterior: Argentina 2: Rival disputa chefia peronista com Kirchner
Próximo Texto: Sucessão nos EUA: McCain declara renda menor que a de democratas
Índice