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NUCLEAR
Condição é abandonar bomba
EUA estudam acordo de paz com Coréia do Norte
DA REUTERS
Os Estados Unidos estão dispostos a assinar com a Coréia do
Norte um tratado de paz -que
sepultaria de vez o simples armistício em vigor entre os dois países
desde a guerra travada entre 1950
e 1953. Mas, para tanto, Washington quer que o regime comunista
de Pyongyang retome as negociações para o desmantelamento de
seu programa nuclear.
A informação, do "New York
Times", foi confirmada à agência
Reuters por duas fontes no governo americano.
O governo de George W. Bush,
ao tomar a iniciativa, quer neutralizar a sensação de imobilismo diplomático que transmite a seus
aliados asiáticos, enquanto a Coréia do Norte se encontra num estágio avançado do programa que
lhe dará uma bomba atômica.
O porta-voz da Casa Branca,
Tony Snow, disse que a política
americana mantém-se a mesma, e
tem como condição o retorno dos
norte-coreanos à mesa de negociações com os asiáticos.
Em verdade, no entanto, Washington até agora condicionava a
concessão de ajuda econômica ou
o reatamento político à promessa
-que dificilmente seria feita pelos norte-coreanos de modo unilateral- de desativação do programa nuclear.
Os norte-coreanos "precisam
voltar às negociações, engajar-se
de modo construtivo e demonstrar que tomaram claramente a
decisão estratégica de abandonar
suas armas nucleares", declarou o
porta-voz do Departamento de
Estado, Sean McCormack.
Há o chamado "grupo dos seis"
nos entendimentos com a Coréia
do Norte, formado pelo próprio
país comunista e mais Coréia do
Sul, China, Rússia e Japão, além
dos Estados Unidos.
O diálogo está congelado desde
novembro. Dois meses antes, os
norte-coreanos comprometeram-se a negociar a questão nuclear, mas em seguida deram declarações que invalidavam esse
gesto de boa vontade.
A Coréia do Sul e a China apelaram recentemente a Washington
para que fizesse algum gesto capaz de trazer Pyongyang de volta
à mesa de negociações. O Japão,
maior aliado americano na região, mantém-se apreensivo sobre a questão.
Desnuclearização global
A delegação americana apresentou ontem, em Genebra, um
projeto de tratado internacional
que proibiria a produção de novas bombas atômicas, embora
permita que as potências nucleares mantenham seus atuais estoques de ogivas, desativando-as
apenas se isso for progressivamente necessário como um imperativo técnico.
O subsecretário de Estado, Stephen Rademaker, apelou para
que a comunidade internacional
inicie negociações imediatas, de
modo a se obter um texto definitivo até o final de 2006.
A proposta foi apresentada na
Conferência de Desarmamento,
que vive há anos um impasse,
diante das preocupações da comunidade internacional com os
programas nucleares do Irã e da
Coréia do Norte.
Com agências internacionais
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