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Ação de Israel mata 7 palestinos; rixa interna mata mais 3
Investida é resposta a foguetes palestinos contra território israelense; Fatah e Hamas também seguem se enfrentando
Confrontos entre palestinos matam 49 em uma semana, enquanto a retaliação israelense mata outros 20;
Abbas pede ação dos EUA
DA REDAÇÃO
Ao menos sete palestinos
morreram ontem em ataques
aéreos e terrestres de forças israelenses a alvos na faixa de Gaza, e outros três em embates
entre as duas principais facções
palestinas. Os ataques de Israel, que visam militantes e
postos do grupo extremista islâmico Hamas, são uma resposta ao disparo de foguetes pelo
Hamas contra o território israelense.
Desde a semana passada, cerca de cem foguetes Qassam foram disparados, do território
palestino, contra a cidade israelense de Sderot e arredores
-ontem foram ao menos dez.
As ações israelenses até agora já deixaram 20 mortos nesta
semana.
Já os embates entre o islâmico Hamas, do premiê palestino
Ismail Haniyeh, e do partido
laico Fatah, do presidente da
Autoridade Nacional Palestina,
Mahmoud Abbas, mataram 49
desde sexta-feira da semana
passada, quando se intensificaram os enfrentamentos.
Os combates entre o Hamas e
o Fatah refletem desacordos
entre os dois partidos quanto
ao governo de coalizão que formaram há mais de dois meses
-o Hamas, que se nega a reconhecer o Estado de Israel, acusa o Fatah de se aliar aos israelenses; e o Fatah afirma que o
Hamas, com seu radicalismo,
impede uma solução política
para a criação de um futuro Estado palestino.
Já os ataques a Israel são em
parte uma reação ao boicote
que vigora contra o governo do
Hamas desde que este assumiu
o poder, em eleições diretas, no
início de 2006 -alimentada,
claro, pela hostilidade histórica
de parte a parte.
Ontem, enquanto Abbas pedia que a secretária de Estado
dos EUA, Condoleezza Rice, fizesse algo para impedir a "escalada militar" de Israel contra os
territórios palestinos, o premiê
Haniyeh pedia que os palestinos se unissem contra a "agressão israelense" e pusessem fim
aos confrontos intestinos.
Num indício de que os líderes
dos dois partidos não têm controle sobre a maior parte dos
milicianos que os apóiam, houve tiroteios na Universidade Islâmica, um dos principais redutos do Hamas. Três pessoas
morreram.
Já Israel, que afirma não estar do lado de nenhum dos dois
partidos palestinos, tem ameaçado incursões terrestres mais
amplas em Gaza -anteontem
houve uma de pequenas proporções-, mas prefere não o
fazer por ora, pois poderia unir
os dois grupos contra si.
No entanto a chanceler israelense, Tzipi Livni, afirmou que
o gabinete de governo se reunirá amanhã para decidir sobre
medidas a tomar a fim de encerrar os ataques com os Qassam. "Durante muito tempo a
comunidade internacional
considerou essa situação no sul
de Israel aceitável (...), mas não
é", declarou Livni, em referência à tensão permanente na
fronteira entre Gaza e Israel.
Com agências internacionais
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