São Paulo, sábado, 19 de maio de 2007

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Ação de Israel mata 7 palestinos; rixa interna mata mais 3

Investida é resposta a foguetes palestinos contra território israelense; Fatah e Hamas também seguem se enfrentando

Confrontos entre palestinos matam 49 em uma semana, enquanto a retaliação israelense mata outros 20; Abbas pede ação dos EUA

DA REDAÇÃO

Ao menos sete palestinos morreram ontem em ataques aéreos e terrestres de forças israelenses a alvos na faixa de Gaza, e outros três em embates entre as duas principais facções palestinas. Os ataques de Israel, que visam militantes e postos do grupo extremista islâmico Hamas, são uma resposta ao disparo de foguetes pelo Hamas contra o território israelense.
Desde a semana passada, cerca de cem foguetes Qassam foram disparados, do território palestino, contra a cidade israelense de Sderot e arredores -ontem foram ao menos dez.
As ações israelenses até agora já deixaram 20 mortos nesta semana.
Já os embates entre o islâmico Hamas, do premiê palestino Ismail Haniyeh, e do partido laico Fatah, do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, mataram 49 desde sexta-feira da semana passada, quando se intensificaram os enfrentamentos.
Os combates entre o Hamas e o Fatah refletem desacordos entre os dois partidos quanto ao governo de coalizão que formaram há mais de dois meses -o Hamas, que se nega a reconhecer o Estado de Israel, acusa o Fatah de se aliar aos israelenses; e o Fatah afirma que o Hamas, com seu radicalismo, impede uma solução política para a criação de um futuro Estado palestino.
Já os ataques a Israel são em parte uma reação ao boicote que vigora contra o governo do Hamas desde que este assumiu o poder, em eleições diretas, no início de 2006 -alimentada, claro, pela hostilidade histórica de parte a parte.
Ontem, enquanto Abbas pedia que a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, fizesse algo para impedir a "escalada militar" de Israel contra os territórios palestinos, o premiê Haniyeh pedia que os palestinos se unissem contra a "agressão israelense" e pusessem fim aos confrontos intestinos.
Num indício de que os líderes dos dois partidos não têm controle sobre a maior parte dos milicianos que os apóiam, houve tiroteios na Universidade Islâmica, um dos principais redutos do Hamas. Três pessoas morreram.
Já Israel, que afirma não estar do lado de nenhum dos dois partidos palestinos, tem ameaçado incursões terrestres mais amplas em Gaza -anteontem houve uma de pequenas proporções-, mas prefere não o fazer por ora, pois poderia unir os dois grupos contra si.
No entanto a chanceler israelense, Tzipi Livni, afirmou que o gabinete de governo se reunirá amanhã para decidir sobre medidas a tomar a fim de encerrar os ataques com os Qassam. "Durante muito tempo a comunidade internacional considerou essa situação no sul de Israel aceitável (...), mas não é", declarou Livni, em referência à tensão permanente na fronteira entre Gaza e Israel.


Com agências internacionais


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