|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
LUTO
Em rede árabe, tailandesa Thanom pediu a libertação do marido; nos EUA, cidades fizeram vigília
Mulher de engenheiro fez apelo em TV
DA REDAÇÃO
Segurando as lágrimas, Thanom Johnson, mulher do engenheiro americano Paul Johnson, fez um apelo ontem na TV
árabe Al Arabyia para que os
seqüestradores de seu marido
o libertassem.
Em sua primeira entrevista
desde que Johnson foi seqüestrado por extremistas da rede
Al Qaeda, no último dia 12,
Thanom, de nacionalidade tailandesa, usava um lenço preto
cobrindo o cabelo, de acordo
com as tradições muçulmanas.
"Quando eu vi a foto dele na
televisão, eu desmaiei. Quando
ouvi o nome Paul Johnson, eu
chorei muito. Ele é a minha
única família aqui", disse ela,
que deixou Bancoc (Tailândia)
e voltou à Arábia Saudita logo
que soube do seqüestro.
"Estou com medo. Por favor,
tragam Johnson de volta para
mim. Ele não fez nada de errado", disse, interrompendo a fala para conter o choro. "Ele
[Johnson] é doente, precisa de
remédios", disse, sem revelar
qual doença seu marido teria.
Thanom é a segunda mulher
do engenheiro. Sua família, incluindo seu filho -que também fez um apelo na TV para
que seu pai fosse libertado- se
reuniu em Little Egg Harbor
(Nova Jersey), cidade natal de
Johnson, onde faixas amarelas
e dizeres em apoio à família foram espalhados pela cidade.
O anúncio da morte de Johnson causou revolta nos moradores. "Nós temos prisioneiros
deles [árabes]. Devíamos começar a eliminar esses prisioneiros assim como eles fazem
com os nossos", disse Connie
Kennedy, antes de assumir que
tal medida pioraria a situação.
Em Eagleswood (Nova Jersey), onde Johnson cresceu,
cerca de cem amigos e familiares acenderam velas em vigília
durante a noite de anteontem.
Manifestação semelhante foi
realizada em Brevard County,
na Flórida, onde o engenheiro
trabalhou nos anos 80.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Muçulmanos reagirão com horror, diz acadêmico Índice
|