São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004

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LUTO

Em rede árabe, tailandesa Thanom pediu a libertação do marido; nos EUA, cidades fizeram vigília

Mulher de engenheiro fez apelo em TV

DA REDAÇÃO

Segurando as lágrimas, Thanom Johnson, mulher do engenheiro americano Paul Johnson, fez um apelo ontem na TV árabe Al Arabyia para que os seqüestradores de seu marido o libertassem.
Em sua primeira entrevista desde que Johnson foi seqüestrado por extremistas da rede Al Qaeda, no último dia 12, Thanom, de nacionalidade tailandesa, usava um lenço preto cobrindo o cabelo, de acordo com as tradições muçulmanas.
"Quando eu vi a foto dele na televisão, eu desmaiei. Quando ouvi o nome Paul Johnson, eu chorei muito. Ele é a minha única família aqui", disse ela, que deixou Bancoc (Tailândia) e voltou à Arábia Saudita logo que soube do seqüestro.
"Estou com medo. Por favor, tragam Johnson de volta para mim. Ele não fez nada de errado", disse, interrompendo a fala para conter o choro. "Ele [Johnson] é doente, precisa de remédios", disse, sem revelar qual doença seu marido teria.
Thanom é a segunda mulher do engenheiro. Sua família, incluindo seu filho -que também fez um apelo na TV para que seu pai fosse libertado- se reuniu em Little Egg Harbor (Nova Jersey), cidade natal de Johnson, onde faixas amarelas e dizeres em apoio à família foram espalhados pela cidade.
O anúncio da morte de Johnson causou revolta nos moradores. "Nós temos prisioneiros deles [árabes]. Devíamos começar a eliminar esses prisioneiros assim como eles fazem com os nossos", disse Connie Kennedy, antes de assumir que tal medida pioraria a situação.
Em Eagleswood (Nova Jersey), onde Johnson cresceu, cerca de cem amigos e familiares acenderam velas em vigília durante a noite de anteontem. Manifestação semelhante foi realizada em Brevard County, na Flórida, onde o engenheiro trabalhou nos anos 80.


Com agências internacionais

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