São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ÁSIA

Apesar da crise, professores brasileiros voltam a Timor

THAIZA CASTILHO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM DILI

Depois de 15 dias na Austrália por causa da recente crise político-militar, os professores brasileiros começaram a retornar ontem ao Timor Leste.
Fernando Spagnolo, 64, coordenador do programa da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior) no Timor, disse que os professores trabalharão nos campos de refugiados espalhados pela capital, Dili.
"Primeiro, será feito um levantamento da situação nos campos para saber como e onde os professores começarão a trabalhar", disse.
O projeto de educação é um programa de emergência do Ministério da Educação e de parceiros internacionais, incluindo o Brasil e a ONU.
Spagnolo disse que o Ministério da Educação brasileiro e o Itamaraty concordaram em continuar o programa de cooperação apesar do trabalho na Universidade Nacional de Timor Leste e de formação de professores estar interrompido.
"Este é um projeto de esforço maior, vamos ajudar da melhor forma possível para que o ano letivo não seja perdido", diz.
A ONU estima que 80% das escolas do país foram saqueadas e depredadas.

Armas
O major Alfredo Reinado, líder dos militares rebeldes, acompanhado de 20 membros das Forças Armadas e da polícia, entregou suas armas ao Exército australiano na tarde de ontem em Maubisse, a 60 km ao sul de Díli, a pedido do presidente Xanana Gusmão, em uma tentativa para resolver a crise no país.
Reinado negou ter negociado com o presidente a entrega das armas. "Eu não tenho capacidade para negociar. Recebi uma ordem do meu comandante supremo e a cumpri", disse.
O desarmamento dos militares rebeldes era considerado uma condição do governo para o início do diálogo.


Texto Anterior: Afeganistão: EUA anunciam morte de 100 do Tabelan
Próximo Texto: Religião: Igreja Episcopal escolhe sua primeira líder
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.