São Paulo, segunda-feira, 19 de junho de 2006

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Aprovação a Bachelet cai 11 pontos em 1 mês

Aos cem dias de governo, gabinete também foi mal avaliado; 74% acham que equipe deve mudar

DA FRANCE PRESSE

O gabinete paritário em que a presidente chilena Michelle Bachelet pretendia mesclar políticos com experiência e "caras novas" foi mal avaliado ao completar os primeiros cem dias de seu governo, segundo pesquisas divulgadas ontem.
A maioria dos entrevistados considera que a governante deve ajustar o gabinete agora, já que o atual não foi capaz de mostrar eficiência nos primeiros dias de governo. As pesquisas foram encomendadas pelos jornais chilenos "La Tercera" e "El Mercurio".
No caso da sondagem do "La Tercera", 74% dos ouvidos acham que Bachelet deve trocar o gabinete, enquanto 22% acredita que ela deve manter a atual equipe de colaboradores.
A pesquisa do "El Mercurio" revela que 60,6% dos entrevistados são favoráveis à troca de alguns dos 20 ministros e 32,2% acham que ela deve manter a equipe como está.
O desempenho dos ministros foi mal avaliado por 48% dos entrevistados na pesquisa do "La Tercera", que também mostrou uma queda de 11 pontos na aprovação à gestão da presidente, de 67% em maio para 56% agora.
O levantamento do "El Mercurio" não mostra dados sobre a aprovação do governo de Bachelet, a primeira mulher na história do Chile a chegar à Presidência.
O mau desempenho da presidente e de sua equipe de colaboradores frente à maciça mobilização de estudantes secundaristas -que se prolongou por mais de um mês, tendo terminado há dez dias -fez com que ela perdesse apoio, de acordo com ambas as pesquisas.
A mobilização começou timidamente no início de maio, mas foi ganhando força até colocar em xeque o governo, com paralisações nacionais às quais aderiram mais de 1 milhão de estudantes e professores.
Diante da pressão, a presidente cedeu à maioria das reivindicações, que exigiam de seu governo uma profunda reestruturação da educação pública além de mais benefícios econômicos.
A pesquisa do "La Tercera" ouviu 1.011 pessoas com mais de 18 anos em todo o Chile e tem uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais.
A do "El Mercurio", por sua vez, foi realizada apenas em Santiago e tem um nível de confiança de 95%.


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