São Paulo, terça-feira, 19 de junho de 2007

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Reino Unido desmantela rede de pedofilia

Operação libertou 31 crianças depois de prender ao menos 2 e rastrear 700 usuários de site em 35 países

DA REDAÇÃO

Depois de dez meses de investigação, autoridades britânicas anunciaram ontem ter desmantelado uma rede global de pedofilia pela internet. A operação rastreou 700 usuários dos serviços, em 35 países, e permitiu a libertação de 31 crianças,15 delas no Reino Unido, vítimas de abuso ou submetidas a situações danosas.
Coordenado pelo Centro de Exploração Infantil e Proteção Online (Ceop, na sigla em inglês), do Reino Unido, a investigação contou com a ajuda da polícia de vários países envolvidos, em especial do Canadá -o órgão britânico não divulgou se o Brasil está entre eles.
Dos 700 suspeitos que estão sendo investigados, 200 estão no Reino Unido. A maior parte responde a inquéritos, mas a polícia se negou a dar informações para não prejudicar as investigações em curso.
A operação começou com a prisão, em setembro passado, do britânico Timothy Cox, 28, mantenedor do site "Kids the Light of Our Lives" (crianças, a luz de nossas vidas), dedicado a imagens de abuso infantil. O chat/fórum estava alojado em um servidor britânico.
O Ceop, então, passou a controlar o fórum e monitorar os usuários. "Centenas de integrantes no mundo utilizavam o site para trocar produtos, incluindo fotografias e vídeos", disse o diretor-geral do Ceop, Jim Gamble.
Segundo o órgão, a operação permitiu que 31 crianças "fossem salvas de abusos ou de situações danosas". O grupo incluía meninos e meninas "muito, muito pequenos" e de até pouco mais de 10 anos. Ao que parece, algumas eram abusadas pelos próprios pais.
O computador de Cox, morador de Suffolk (sudeste da Inglaterra), continha mais de 76 mil imagens de crianças e 316 horas em vídeo. O britânico usava o apelido "Son of God" (filho de deus) na rede.
Cox foi condenado pelo crime ontem, mas sua sentença é indefinida: continuará preso enquanto for considerado perigoso. A defesa afirma que não há provas de que Cox cometeu violência sexual contra as crianças. A polícia também prendeu outro britânico envolvido: Gordon Mackintosh, 33. Ele admitiu ter tentado gerir o site na ausência de Cox.


Com agências internacionais

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