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MÉXICO
Calderón diz que não aceita "chantagem nem ameaças"
RAUL JUSTE LORES
DA REPORTAGEM LOCAL
Vencedor das eleições mexicanas segundo os resultados oficiais, o conservador
Felipe Calderón afirmou ontem que não se deixará
"chantagear nem ameaçar"
pelas acusações feitas pelo
seu adversário, o candidato
da esquerda Andrés Manuel
López Obrador.
"Que ninguém pretenda
ganhar nas ruas o que não ganhou nas urnas. Defenderei
de todas as maneiras os votos
que tive no dia 2 de julho.
Não respeitar os resultados
das eleições seria um retrocesso autoritário."
As declarações foram feitas depois das acusações de
López Obrador, que afirmou
que Calderón seria um presidente "espúrio e sem legitimidade", caso não haja recontagem dos votos.
Calderón afirmou que não
depende dele a recontagem
dos votos. "Quem decide é o
Tribunal Federal Eleitoral.
Acato as decisões judiciais."
O conservador visitou ontem o Conselho Inter-Religioso do México, em que participam líderes das dez maiores religiões do país, e uma
central sindical. Sua estratégia é não desaparecer do noticiário, dominado pelas acusações e pelos protestos dos
militantes de esquerda.
Ao sair da sede da Aliança
Sindical Mexicana, foi surpreendido por simpatizantes
de López Obrador, que gritavam "voto por voto, urna por
urna", exigindo a recontagem, e que bateram na van
em que ele estava.
"Fraude cibernética"
Já López Obrador voltou a
dizer que houve fraude na
eleição presidencial. "Houve
fraude à moda antiga, antiguinha, mas também houve
fraude cibernética."
Ex-prefeito da Cidade do
México, o esquerdista teve
240 mil votos a menos que
Calderón, ex-ministro da
Energia do presidente Vicente Fox.
López Obrador disse que
vai esperar a resolução do
tribunal sobre o pedido de
recontagem para decidir se a
"acata ou não". "Vou buscar
justiça, não vou ficar parado.
A paz social do país está em
jogo. Mantenho minha convicção de que venci", disse.
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