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Promotor confisca dinheiro achado no banheiro de ex-ministra da Economia
DE BUENOS AIRES
O dia anterior ao lançamento
da candidatura de Cristina Fernández de Kirchner à Presidência não fugiu ao figurino
dos últimos, com várias frentes
de turbulência para o governo.
O presidente e a primeira-dama participaram de um ato em
memória das vítimas no atentado da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), que
matou 85 pessoas em 1994.
No ato, o presidente da Amia,
Luis Grynwald, cobrou de
Kirchner que rompesse relações diplomáticas com o Irã, argumentando que o país, que se
recusa a entregar os acusados
pelo atentado, também não
acata os pedidos da ONU em relação a seu programa nuclear.
"Senhor presidente: a participação de funcionários iranianos está provada na Justiça."
Kirchner se fez de desentendido. Ao fim do ato, disse compartilhar todos os sentimentos
expressos, mas não mencionou
o Irã. Cristina não falou.
Também ontem, o procurador Guillermo Marijuan, que já
fora responsável pela queda da
ministra Felisa Miceli (Economia) ao chamá-la para depor,
ordenou que o dinheiro encontrado no banheiro do seu gabinete (R$ 120 mil, em pesos e
dólares) sofra embargo judicial.
Marijuan suspeita que o dinheiro tem origem ilegal. Miceli diz que foi emprestado.
Outro escândalo que abalou
o governo e andava esquecido,
o caso Skanska, que apura pagamento de propina em uma licitação de um gasoduto, reapareceu ontem com o depoimento na Justiça de Fulvio Madaro,
ex-presidente da agência reguladora Enargas, demitido por
Kirchner. Outro funcionário
demitido deve depor no dia 8.
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