São Paulo, quinta-feira, 19 de julho de 2007

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Promotor confisca dinheiro achado no banheiro de ex-ministra da Economia

DE BUENOS AIRES

O dia anterior ao lançamento da candidatura de Cristina Fernández de Kirchner à Presidência não fugiu ao figurino dos últimos, com várias frentes de turbulência para o governo.
O presidente e a primeira-dama participaram de um ato em memória das vítimas no atentado da Amia (Associação Mutual Israelita Argentina), que matou 85 pessoas em 1994.
No ato, o presidente da Amia, Luis Grynwald, cobrou de Kirchner que rompesse relações diplomáticas com o Irã, argumentando que o país, que se recusa a entregar os acusados pelo atentado, também não acata os pedidos da ONU em relação a seu programa nuclear. "Senhor presidente: a participação de funcionários iranianos está provada na Justiça."
Kirchner se fez de desentendido. Ao fim do ato, disse compartilhar todos os sentimentos expressos, mas não mencionou o Irã. Cristina não falou.
Também ontem, o procurador Guillermo Marijuan, que já fora responsável pela queda da ministra Felisa Miceli (Economia) ao chamá-la para depor, ordenou que o dinheiro encontrado no banheiro do seu gabinete (R$ 120 mil, em pesos e dólares) sofra embargo judicial. Marijuan suspeita que o dinheiro tem origem ilegal. Miceli diz que foi emprestado.
Outro escândalo que abalou o governo e andava esquecido, o caso Skanska, que apura pagamento de propina em uma licitação de um gasoduto, reapareceu ontem com o depoimento na Justiça de Fulvio Madaro, ex-presidente da agência reguladora Enargas, demitido por Kirchner. Outro funcionário demitido deve depor no dia 8.


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