DE BUENOS AIRES

"Julito presidente" cantavam cerca de 500 vizinhos e políticos na frente da casa do vice-presidente argentino, Julio Cobos, um dia depois de ele ter sido o responsável pela derrota do governo no Senado, com o voto de Minerva que derrubou o projeto que determinava o aumento de impostos.
Julio Cobos foi tratado como herói por aqueles que estavam cansados da crise. No caminho de carro até a Província natal de Mendoza, onde foi governador, parou em várias cidades onde era recebido com aplausos e abraços. Ruralistas e políticos da oposição ligaram para parabenizá-lo, e o ex-presidente Eduardo Duhalde (2002-2003) lhe escreveu.
Mas a chamada mais ilustre que ele recebeu foi a do ídolo do futebol Diego Maradona. "Ele disse que agradecia minha atitude no Senado, que tinha feito ele recuperar o orgulho de ser argentino", disse Cobos à imprensa.
Ignorando a "cobosmania", a presidente Cristina Kirchner não havia falado com o vice até a noite de ontem. Mas sobraram críticas de líderes sociais governistas, que o acusam de traição.
(AK)

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