São Paulo, terça-feira, 19 de julho de 2011

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Relação com os cristãos sofre em meio a protestos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA SÍRIA

Cristãos representam 10% da população síria, cerca de 2 milhões de cidadãos que sempre viveram em harmonia com a maioria muçulmana sunita, ocuparam posições estratégicas na política e no Exército e gozaram de liberdade religiosa.
Mas a histórica convivência pacífica entre as diferentes comunidades está ameaçada pelas convulsões que o país atravessa.
Vista por alguns setores como pró-regime, a comunidade cristã tem sido alvo de críticas e, às vezes, hostilidade.
Nos protestos contra o governo, é comum ouvir gritos de "vamos enviar os cristãos para Beirute [no Líbano, onde 40% da população é cristã]" e ver cartazes associando a comunidade cristã ao regime.
Muitas famílias católicas, ortodoxas e protestantes vêm deixando o país desde o início dos atos contra o governo -não é possível quantificar o êxodo.
Não houve ataques significativos, mas existem temores de que se reproduza o cenário do Iraque, onde a queda do ex-ditador Saddam Hussein, em 2003, gerou onda de ataques contra a minoria cristã, vista como sua protegida.
Na cidade de Homs, por exemplo, bairros cristãos já têm barricadas de proteção para evitar agressões.
Moradores de Latakia e Aleppo evitam viagens de ônibus por medo de atentados.
O regime sírio nega privilégios e diz tratar todos os cidadãos da mesma maneira.


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