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São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2003

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ÁFRICA

Governo provisório deve assumir em 14 de outubro

Acordo de paz que pode pôr fim à guerra civil na Libéria é assinado

Issouf Sanogo/France Presse
Liberianos saúdam marines americanos que desembarcam em praia de Monróvia, capital do país


DA REDAÇÃO

Os dois principais movimentos rebeldes da Libéria e o governo do país assinaram ontem em Acra, capital de Gana, um acordo de paz que busca pôr fim a quatorze anos de guerra civil quase ininterrupta e que estabelece a formação de um governo provisório. O acordo foi possível após a chegada à Libéria de uma força de paz integrada por países africanos, no início do mês, e pela renúncia do presidente Charles Taylor, na semana passada.
Taylor, que se asilou na Nigéria, foi indiciado por uma corte da ONU por crimes de guerra cometidos na vizinha Serra Leoa. A chegada da força de paz era a principal condição de Taylor para deixar o poder -exigência feita pelos EUA para ajudar o país.
Já estão no país cerca de 900 dos 3.000 soldados que a Ecowas (Comunidade Econômica dos Países do Oeste Africano) pretende enviar. Os EUA apóiam a força de paz com mais de cem marines, além de helicópteros e de caças.
Segundo o secretário-executivo da Ecowas, Mohamed Ibn Chambas, os representantes do governo liberiano e dos dois movimentos rebeldes -Lurd (Liberianos Unidos por Reconciliação e Democracia) e Model (Movimento por Democracia na Libéria)- devem continuar as negociações para nomear um presidente e um vice.
O vice de Taylor, Moses Blah, deve permanecer na Presidência até o fim de seu mandato, no dia 14 de outubro, quando o governo provisório resultante das negociações deve tomar posse. Pelo acordo, o governo provisório deve ficar no poder até janeiro de 2006.

Estadia curta
O presidente dos EUA, George W. Bush, disse ontem que os soldados americanos que estão na Libéria deverão deixar o país até o dia 1º de outubro. "Eu disse... teremos uma missão limitada, de duração limitada e de escopo limitado", afirmou Bush em uma entrevista gravada no último dia 14 e divulgada ontem pela rede de rádio e TV das Forças Armadas.
"Estaremos fora de lá até 1º de outubro. Temos soldados da ONU com capacetes azuis [identificação tradicional dos militares das forças de paz das Nações Unidas] prontos para substituir nosso limitado número de soldados", afirmou Bush.

Com agências internacionais

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