São Paulo, terça-feira, 19 de agosto de 2008

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Afeganistão faz criticas ao ex-ditador

DA REDAÇÃO

O Afeganistão criticou ontem o general Pervez Musharraf, que renunciou à Presidência do Paquistão para não ser afastado pelo voto de impeachment no Parlamento. O porta-voz do Ministério do Interior afegão, Zemeri Bashary, disse que o ex-ditador foi um aliado dos EUA para conter o terrorismo "apenas nas palavras, e não nas ações".
As relações entre o Afeganistão e o Paquistão estão tensas, em razão da suspeita afegã de que o regime paquistanês esteja por trás de atentados no país, sobretudo o de julho, na Embaixada da Índia em Cabul, com um saldo superior a 60 mortos.
A Índia, o outro vizinho paquistanês e seu inimigo em três guerras desde 1947, qualificou a demissão de Musharraf de "assunto interno". Os dois países têm a bomba atômica.
Em Bruxelas, a Comissão Européia, órgão executivo da União Européia, reagiu de forma semelhante à da Índia. Disse ser uma questão de política interna paquistanesa.
O governo britânico, próximo dos EUA na guerra contra o terrorismo, reagiu à parte. O premiê, Gordon Brown, disse que "deixamos claro o apoio a medidas que promovam instituições democráticas fortes, que gerem uma democracia melhor e mais estável no Paquistão".
A Rússia disse, por sua vez, esperar que o episódio não tenha impacto negativo.

Com agências internacionais



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