São Paulo, quinta-feira, 19 de agosto de 2010

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Tropas de combate dos EUA deixam o Iraque

Com retirada, americanos cumprem objetivo de deixar 50 mil homens

Segurança ficará sob responsabilidade das forças iraquianas, em momento de aumento da violência no país


DA REUTERS

As últimas tropas de combate dos EUA estavam deixando o Iraque na noite de ontem, mais de sete anos após a invasão que derrubou Saddam Hussein, informou ontem a TV americana NBC.
As tropas saíam em comboio pelo Kuait numa viagem que duraria a noite inteira. Relatos das agências indicam que, ao passar a fronteira iraquiana, os soldados americanos celebraram e posaram para fotos.
Ficarão no Iraque apenas 50 mil soldados dos EUA, para funções principalmente de treinamento e assistência, contra 144 mil quando Barack Obama assumiu a Presidência norte-americana.
Com a retirada, a partir de 1º de setembro as forças iraquianas assumem definitivamente a responsabilidade pela segurança do país, num momento em que crescem os ataques terroristas cujo objetivo aparente é desestabilizar a transição.

VIOLÊNCIA
Anteontem, Bagdá foi alvo de um dos ataques suicidas mais letais do ano. A explosão de uma bomba em frente a um quartel com segurança precária matou ao menos 57 pessoas, a maioria delas candidatos a postos nas próprias forças de segurança.
O comandante militar do Iraque, general Babaker Shawkat Zebari, dissera na semana passada que seu Exército pode não estar pronto para defender a nação até 2020. Ainda assim, em declarações recentes comandantes militares dos EUA reiteraram sua "confiança" no rumo do Iraque.
A troca de bastão na segurança se soma à incerteza política no Iraque. Mais de cinco meses após eleições parlamentares, as facções sunita, xiita e curda seguem sem entrar em um acordo para a formação de um novo governo no país.


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