|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PROMESSA CUMPRIDA
Cubas comuta a pena de padrinho político
Presidente paraguaio liberta Lino Oviedo
das agências internacionais
O recém-empossado presidente
do Paraguai, Raúl Cubas Grau, libertou ontem o general da reserva
Lino Oviedo, que havia sido condenado a dez anos de prisão por
tentativa de golpe militar contra o
ex-presidente Juan Carlos Wasmosy, em abril de 1996.
Em uma entrevista coletiva, o
ministro da Justiça e do Trabalho,
Angel Campos, anunciou que o
presidente assinou um decreto comutando a pena imposta a Oviedo, em abril, por um tribunal militar extraordinário.
No início da noite de ontem, Lino Oviedo deixou sua cela, na Primeira Divisão da Infantaria, e saiu
às ruas de Assunção em meio à comemoração de milhares de simpatizantes, que seguiram em passeata até a sede da União Nacional
dos Colorados Éticos. Além da liberdade, Oviedo teve restituído
seus direitos civis e políticos.
Cubas herdou a candidatura do
Partido Colorado à Presidência
apenas 23 dias antes das eleições
de maio último, após a condenação de Oviedo -seu mentor político, que era favorito nas pesquisas para suceder Wasmosy. Durante a campanha eleitoral, ele
prometia libertar o ex-general assim que assumisse o poder.
O julgamento de Oviedo, costumava afirmar Cubas, foi inconstitucional e de motivação política.
Ontem, antes de decretar a comutação da pena, o presidente paraguaio ordenou a criação de um
novo tribunal militar e pediu a este
que transferisse o processo de
Oviedo à Suprema Corte.
Além de Oviedo, o coronel José
Manuel Bóbeda, sentenciado a
três anos de prisão em circunstâncias semelhantes, também foi beneficiado pelo decreto de Cubas.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|