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Denúncias trouxeram celebridade
DE BUENOS AIRES
Elisa Carrió, 51, começou a
ganhar protagonismo como
deputada oposicionista ao
governo Carlos Menem, na
década de 1990.
Sua origem política é a
UCR (União Cívica Radical),
o mais tradicional partido
político argentino. Durante o
governo de Fernando de la
Rúa, porém, fundou sua própria legenda, a ARI (Afirmação para uma República
Igualitária). Disputou a Presidência em 2003 e chegou
em quinto lugar, com 14,1%
dos votos.
No governo Kirchner, posicionou-se como crítica feroz. Suas denúncias a levaram no mês passado ao banco dos réus. Um empresário
do setor pesqueiro a acusou
de calúnia por afirmar que
ele participara do assassinato de um concorrente que fizera denúncias contra o governo. O ministro do Planejamento, Julio de Vido, também a processou por afirmar
que ele teria comandado arrecadações ilegais para a
campanha de Kirchner.
Acusada, Carrió soube
aproveitar bem o papel de vítima. Renunciou à sua vaga
na Câmara e deixou a ARI
para responder aos processos como "uma cidadã comum". Acabou absolvida no
único processo julgado até
agora e reagiu com um choro
compulsivo registrado pelas
câmeras.
(RR)
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