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Enviado dos EUA volta de Jerusalém sem acordo
DA REDAÇÃO
O enviado especial dos EUA
para o Oriente Médio, George
Mitchell, deixou ontem Jerusalém sem ter conseguido avanços nas negociações entre israelenses e palestinos, afirmou
o porta-voz do Departamento
de Estado, Ian Kelly.
A imprensa israelense havia
anunciado que Mitchell partira
discretamente de Israel, ao encerrar a missão de quatro dias
na região e após o último encontro com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu. Segundo a imprensa local, o enviado americano não conseguiu
convencer Netanyahu a frear a
construção dos assentamentos
israelenses no território palestino da Cisjordânia -passo
considerado fundamental pelos EUA para a retomada das
negociações de paz.
Apesar do desentendimento
sobre os assentamentos, os
EUA demonstraram apoio a Israel nas críticas ao relatório divulgado nesta semana pela
ONU sobre a ofensiva de dezembro e janeiro passados na
faixa de Gaza, que acusou Israel
e o grupo islâmico Hamas de
crimes de guerra.
Segundo a Chancelaria americana, embora "o informe trate sobre todas as partes do conflito, ele se concentra em demasia nas ações de Israel".
Para os EUA, o relatório traz
"conclusões mordazes" sobre
as ações de Israel, enquanto "os
atos deploráveis do Hamas" foram apenas objeto de comentários "genéricos e tímidos".
A ofensiva matou cerca de
1.400 palestinos. No mesmo
período, os foguetes disparados
pelo Hamas mataram quatro
civis israelenses.
Mas, apesar das ressalvas ao
relatório, Kelly instou Israel a
investigar as ações de seu próprio Exército, uma das recomendações do documento.
"Sabemos que Israel tem instituições democráticas para investigar os abusos e pedir [investigações]. Nós os chamamos
a usar essas instituições", disse.
Com agências internacionais
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