São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2011 |
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Israel prepara pacote de leis de emergência Regras aumentam tempo de detenção e serão aplicadas se Palestina for aprovada como Estado membro da ONU Potências se reuniram ontem em Nova York para tentar encontrar forma de convencer Abbas a voltar atrás
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS Israel prepara um pacote de leis de emergência que podem ser aplicadas para conter manifestações se for aprovado o reconhecimento da Palestina como Estado membro das Nações Unidas. O pedido será apresentado pelo presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, sexta-feira, na Assembleia Geral da ONU. O plano de Israel, elaborado pelo ministério da Segurança Pública e divulgado ontem pelo jornal israelense "Haaretz", aumenta de três para nove horas o tempo máximo de detenção de suspeitos e duplica para 48 horas o prazo que a polícia tem para apresentar os detidos ao juiz. O conselheiro da Associação de Direitos Civis de Israel, Dan Yakir, considerou a medida "um exemplo real do potencial de ferir seriamente os direitos". Negociadores do Quarteto do Oriente Médio -União Europeia, Estados Unidos, Rússia e ONU- se reuniram ontem em Nova York, em uma última tentativa de convencer Abbas a desistir do plano. ENCONTRO Também se reuniram ontem Salam Fayyad, premiê palestino, e Ehud Barak, ministro da Defesa israelense. Segundo diplomatas que não quiseram se identificar, a conversa foi breve e abordou a disputa na ONU. Ontem, o embaixador palestino na Alemanha, Salah Abdelshafi, disse que a iniciativa pode ser revertida. "Estaremos dispostos a abrir mão do pedido ao Conselho de Segurança se, em troca, os países europeus nos apoiarem na Assembleia Geral." O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu desacreditou a iniciativa. "Estou convencido de que, como resultado da ação dos EUA em estreita colaboração com outros governos, a tentativa fracassará", disse em reunião do conselho de ministros antes de partir para Nova York. Os EUA já anunciaram o veto na votação do pedido no Conselho de Segurança. Ontem, o primeiro-ministro do Hamas, que faz oposição a Abbas, Ismail Haniyeh, declarou que só concordará com a iniciativa se não houver concessões territoriais, se Israel não for reconhecido como Estado e se os acordos com o país forem desfeitos. Próximo Texto: Mídia: Dilma é capa da revista "Newsweek" Índice | Comunicar Erros |
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