São Paulo, segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Texto Anterior | Índice | Comunicar Erros

FOCO

China tira do ar sua versão de 'Ídolos', por estimular "democracia" no público

"Super Girl" já tinha sido suspenso uma vez pelas autoridades do país, que consideram a atração "profana" e "não saudável"

KATHRIN HILLE
DO "FINANCIAL TIMES", EM PEQUIM

"Super Girl", versão chinesa do programa "Ídolos", vai sair da TV, apesar de ter atraído 400 milhões de telespectadores em seu auge.
Autoridades consideraram o programa subversivo demais, porque o sistema de votos do público guarda semelhança demais com a democracia
. Li Hao, vice-editor da Hunan Satellite TV, que transmitia o programa, teria declarado que as mudanças se devem a medidas da AERCT (Administração Estatal de Rádio, Cinema e Televisão).
Não foi a primeira vez que "Super Girl" atraiu críticas dos reguladores. O programa, lançado em 2004, foi suspenso uma vez, criticado repetidamente e tachado por autoridades de "profano" e "não saudável".
A mídia estatal disse que a AERCT está punindo a emissora porque "Super Girl" excedeu seu horário em várias ocasiões. Mas as mudanças ocorrem após meses de pressão à Hunan TV. A visão geral é que se trata de censura.
Em maio, Ouyang Changlin, diretor e secretário do Partido Comunista da Hunan Broadcasting System, a empresa-mãe da emissora de TV, disse ao "Financial Times" que estava revendo sua programação para atender a novos pedidos da censura.
A mídia estatal disse no fim de semana que a partir de 2012 "Super Girl" e programas de talento semelhantes não serão mais transmitidos.
Tradução de CLARA ALLAIN



Texto Anterior: "Modern Family" e "Mad Men" conquistam o prêmio Emmy
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.