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ARGENTINA
Rompido com Duhalde, presidente dependerá de aliados fora do peronismo
Nem vitória dará maioria a Kirchner
MAELI PRADO
DE BUENOS AIRES
Mesmo que consiga um bom
resultado nas eleições legislativas
do próximo domingo, o atual governo da Argentina não controlará o Congresso nos próximos
anos de gestão se seguir o racha
entre o presidente Néstor Kirchner e o ex-presidente Eduardo
Duhalde dentro do peronista Partido Justicialista (PJ).
Nos dois primeiros anos de governo, Kirchner, que até meados
deste ano foi aliado de Duhalde,
conseguiu aprovar com tranqüilidade todos os projetos que quis
na Câmara dos Deputados. O PJ,
ao qual ambos pertencem, tem
129 cadeiras na Câmara, limite para obter maioria.
Com o rompimento entre os
dois dirigentes, que apresentaram
listas separadas para o pleito, o cenário mudou. Na última votação,
os duhaldistas se aliaram à oposição e aprovaram um projeto rechaçado pela Casa Rosada.
A expectativa é que o oficialismo, ou a corrente fiel a Kirchner,
obtenha de 30% a 45% dos votos
do país nesse pleito. Segundo o
cientista político Rosendo Fraga,
os kirchneristas terão de 90 a cem
deputados após as eleições, bem
mais que os atuais 60, mas não o
suficiente para obter maioria. Assim, o governo dependerá ou da
volta da unidade do PJ (menos
provável), ou de outras alianças.
"O governo terá que negociar
com outros setores políticos."
As eleições renovarão metade
da Câmara dos Deputados e um
terço do Senado, no qual disputam vagas a primeira-dama Cristina Kirchner e "Chiche" Duhalde, mulher do ex-presidente. Ambas devem se eleger.
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