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País acumula inflação de 6,2% em 12 meses
DA ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM
Três dias depois de o presidente Hu Jintao defender um
modelo de crescimento mais
equilibrado, o governo chinês
anunciou ontem que a inflação
acumulada em 12 meses foi de
6,2% em setembro, impulsionada pela alta dos alimentos.
O índice foi 0,3 ponto percentual inferior ao de agosto, o
maior em 11 anos. A remarcação de preços é vista com especial preocupação por Pequim,
pois a alta no custo de vida esteve na origem de alguns dos
principais protestos contra o
governo -como o que levou ao
massacre de estudantes na praça Tiananmen em 1989.
Zhu Zhixin, vice-diretor do
Departamento Nacional de Reforma e Desenvolvimento,
principal órgão de planejamento do país, afirmou ontem que a
inflação continuará alta por um
período "considerável". Em nove meses, o índice subiu 4,1%,
acima da meta oficial de 3%.
Apesar da remarcação de
preços, Zhu disse que a China
não vive um processo inflacionário. Segundo ele, se excluídos
alimentos e combustíveis do
indicador, a alta foi de apenas
0,8% nos primeiros oito meses
-dos 4,1% registrados até setembro, 3,5% são de alimentos.
Em entrevista coletiva, Zhu
afirmou que a cotação dos produtos agrícolas não se restringe
à China. Mas, crê, a pressão sobre os preços deverá diminuir
com a expansão das áreas de
plantio de soja e milho pelos
países exportadores.
Zhu ressaltou que o governo
avançou na redução do consumo de energia e no fechamento
de indústrias poluentes. O conceito de "desenvolvimento
científico" defendido por Hu
implica a redução do peso de
setores intensivos em energia e
muito dependentes do consumo de recursos naturais.
(CT)
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