São Paulo, sexta-feira, 19 de outubro de 2007

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País acumula inflação de 6,2% em 12 meses

DA ENVIADA ESPECIAL A PEQUIM

Três dias depois de o presidente Hu Jintao defender um modelo de crescimento mais equilibrado, o governo chinês anunciou ontem que a inflação acumulada em 12 meses foi de 6,2% em setembro, impulsionada pela alta dos alimentos.
O índice foi 0,3 ponto percentual inferior ao de agosto, o maior em 11 anos. A remarcação de preços é vista com especial preocupação por Pequim, pois a alta no custo de vida esteve na origem de alguns dos principais protestos contra o governo -como o que levou ao massacre de estudantes na praça Tiananmen em 1989.
Zhu Zhixin, vice-diretor do Departamento Nacional de Reforma e Desenvolvimento, principal órgão de planejamento do país, afirmou ontem que a inflação continuará alta por um período "considerável". Em nove meses, o índice subiu 4,1%, acima da meta oficial de 3%.
Apesar da remarcação de preços, Zhu disse que a China não vive um processo inflacionário. Segundo ele, se excluídos alimentos e combustíveis do indicador, a alta foi de apenas 0,8% nos primeiros oito meses -dos 4,1% registrados até setembro, 3,5% são de alimentos.
Em entrevista coletiva, Zhu afirmou que a cotação dos produtos agrícolas não se restringe à China. Mas, crê, a pressão sobre os preços deverá diminuir com a expansão das áreas de plantio de soja e milho pelos países exportadores.
Zhu ressaltou que o governo avançou na redução do consumo de energia e no fechamento de indústrias poluentes. O conceito de "desenvolvimento científico" defendido por Hu implica a redução do peso de setores intensivos em energia e muito dependentes do consumo de recursos naturais. (CT)


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