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Londres vê ameaça em ciberataques
Enquanto há cortes de gastos em vários setores, governo aumenta recursos para a segurança de computadores
São alvo de possíveis ataques setores como tráfego aéreo, saúde, abastecimento de água e serviços financeiros
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
O Reino Unido concluiu a
revisão de sua Estratégia de
Segurança Nacional e incluiu os ciberataques como
uma das principais ameaças
à segurança dos britânicos.
Num momento de cortes
de gastos em quase todos os
setores do governo (inclusive
defesa e polícia), serão destinados 500 milhões de libras
(cerca de R$ 1,3 bilhão) para
aumentar a segurança de redes de computadores que
controlam os serviços de infraestrutura.
Estão sob alvo de possíveis
ataques, segundo o governo,
o controle de tráfego aéreo, o
abastecimento de água e de
energia elétrica, o sistema de
saúde e o setor financeiro.
"A maioria das pessoas
nem pensa na possibilidade
de ciberataques. Mas é algo
que representa um risco real,
e do qual precisamos tratar
agora", disse Theresa May,
ministra do Interior.
Segundo May, 51% de todas as ameaças às redes de
computadores já registradas
no país ocorreram no ano
passado, o que mostra que
esse é um problema recente e
em crescimento.
Além do risco cibernético,
foram elencadas outras 14
ameaças ao país.
NÍVEIS DE AMEAÇA
Em nota, o premiê David
Cameron disse que o país enfrenta "um complexo conjunto de ameaças vindas de
uma miríade de fontes".
Os riscos foram divididos
em três níveis. No nível um, o
mais preocupante, estão os
ciberataques, o terrorismo
internacional (representado
por grupos como Al Qaeda),
a violência na Irlanda do
Norte e a ameaça de desastres naturais (como enchentes ou pandemias).
Lista ainda a possibilidade
de uma crise militar internacional envolvendo outros
países, mas que exigiria a intervenção das Forças Armadas britânicas.
Na questão do terrorismo,
May disse que o país continua com o nível de alerta "severo", que significa que um
ataque é altamente provável.
É o segundo nível mais alto,
numa escala que vai de crítico a baixo.
A nova estratégia foi divulgada um dia antes do anúncio da revisão dos gastos com
a defesa do país.
O Ministério da Defesa vai
revelar hoje como efetuará os
cortes no Orçamento exigidos pelo governo federal para conter o deficit público.
A expectativa é que seja
feito um corte no efetivo das
Forças Armadas e definidos
quais programas de reaparelhamento militar continuarão em andamento.
A oposição afirmou que o
governo está fazendo tudo de
forma apressada, apenas para justificar os cortes.
A principal crítica é com
relação ao tempo usado para
definir prioridades e uso do
dinheiro: cinco meses.
A estratégia de segurança
nacional anterior foi discutida por mais de um ano.
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