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Baduel criou movimento com Chávez em 1982
DE CARACAS
No dia 17 de dezembro de
1982, quatro soldados pára-quedistas do Exército se reuniram sob a mitológica árvore Samán de Güere, no Estado de Aragua, na mesma
sombra onde Simón Bolívar
havia descansado. Ali, em sigilo, criaram o subversivo
Movimento Bolivariano Revolucionário 200 (MBR-200). Entre os fundadores
estavam Hugo Rafael Chávez
Frias, 28, e Raúl Isaías Baduel, 27.
Dez anos mais tarde, em
fevereiro de 1992, o MBR-200 ganhou notoriedade ao
promover um frustrado golpe de Estado contra o então
presidente, Carlos Andrés
Perez. Chávez, principal articulador, é preso. Baduel,
contrário à ação, participa
apenas indiretamente e escapa de punição.
Indultado dois anos mais
tarde, Chávez persegue a carreira política até se eleger
presidente, no final de 1998,
enquanto Baduel prossegue
a sua carreira no Exército.
Em abril de 2002, já como
general, Baduel comanda a
"Operação Resgate da Dignidade", o contragolpe militar
que devolve Chávez ao poder, após dois dias preso.
Dois anos depois, em janeiro de 2004, Chávez o nomeia Comandante-Geral do
Exército, cargo que ocupa
até julho do ano passado,
quando assume o Ministério
da Defesa. Doze meses mais
tarde, deixa o cargo proferindo um discurso recheado de
indiretas.
"Se a base para a construção do socialismo do século
21 é uma teoria científica do
porte de Marx e Engels, o que
construirmos sobre ela não
pode ser menos, sob pena de
que a estrutura construída
não passe a ser mais do que
uma humilde choça, levantada sobre os cimentos de um
arranha-céus", disse, diante
de Chávez.
(FM)
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