São Paulo, segunda-feira, 19 de novembro de 2007

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Baduel criou movimento com Chávez em 1982

DE CARACAS

No dia 17 de dezembro de 1982, quatro soldados pára-quedistas do Exército se reuniram sob a mitológica árvore Samán de Güere, no Estado de Aragua, na mesma sombra onde Simón Bolívar havia descansado. Ali, em sigilo, criaram o subversivo Movimento Bolivariano Revolucionário 200 (MBR-200). Entre os fundadores estavam Hugo Rafael Chávez Frias, 28, e Raúl Isaías Baduel, 27.
Dez anos mais tarde, em fevereiro de 1992, o MBR-200 ganhou notoriedade ao promover um frustrado golpe de Estado contra o então presidente, Carlos Andrés Perez. Chávez, principal articulador, é preso. Baduel, contrário à ação, participa apenas indiretamente e escapa de punição.
Indultado dois anos mais tarde, Chávez persegue a carreira política até se eleger presidente, no final de 1998, enquanto Baduel prossegue a sua carreira no Exército.
Em abril de 2002, já como general, Baduel comanda a "Operação Resgate da Dignidade", o contragolpe militar que devolve Chávez ao poder, após dois dias preso.
Dois anos depois, em janeiro de 2004, Chávez o nomeia Comandante-Geral do Exército, cargo que ocupa até julho do ano passado, quando assume o Ministério da Defesa. Doze meses mais tarde, deixa o cargo proferindo um discurso recheado de indiretas.
"Se a base para a construção do socialismo do século 21 é uma teoria científica do porte de Marx e Engels, o que construirmos sobre ela não pode ser menos, sob pena de que a estrutura construída não passe a ser mais do que uma humilde choça, levantada sobre os cimentos de um arranha-céus", disse, diante de Chávez. (FM)


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