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Criador do WikiLeaks tem ordem de prisão decretada pela 2ª vez
Acusado de abusar sexualmente de suecas,
australiano diz ser alvo de complô dos EUA
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Justiça sueca ordenou
pela segunda vez a prisão de
Julian Assange, o criador do
polêmico site WikiLeaks.
"Solicito à Corte Distrital
de Estocolmo que prenda o
senhor Assange por ser suspeito de estupro, assédio sexual e coerção ilegal", indicou Marianne Ny, diretora da
procuradoria, em comunicado em inglês.
Os crimes teriam sido cometidos na ocasião em que o
australiano visitou o país para participar de conferências
sobre o endereço na internet
que fundou.
A Corte de Apelação de Estocolmo tomou a decisão em
uma breve reunião. Assange
não estava presente.
"O motivo de meu pedido é
que precisamos interrogá-lo.
Até agora, não conseguimos
encontrá-lo para realizar os
interrogatórios", completou
a diretora da procuradoria.
O advogado de defesa
Björn Hurtig disse, em entrevista ao jornal local "Expressen", que seu cliente está sofrendo "acusações falsas",
um processo que está prejudicando seu nome e o "trabalho global" que faz.
Hurtig também ameaçou
responsabilizar o Estado sueco pelos prejuízos causados à
reputação nos últimos meses
com a difusão das denúncias
de abusos sexuais.
Na metade de agosto, poucos dias depois de desembarcar em terras suecas, Assange teria cometido três crimes,
relacionados a abuso sexual
e coerção sexual.
O WikiLeaks publicou documentos sigilosos sobre as
guerras do Iraque e do Afeganistão, informações que
comprometem as Forças Armadas dos EUA.
O fundador do portal diz
que o processo sueco nada
mais é do que um complô dos
americanos para prejudicá-lo, como forma de responder
à divulgação do material.
No começo de novembro,
Assange tornou pública a
possibilidade de pedir asilo
político aos suíços, já que o
país é conhecido por ter uma
"longa tradição na defesa
dos direitos humanos".
A Súecia é um dos principais apoiadores do WikiLeaks, porque o Partido Pirata local combinou com Assange abrigar os servidores
do portal da internet.
Essa decisão se mantém,
não deve ser alterada, apesar
das acusações de estupro
que pesam sobre Assange.
O site ainda tira proveito
das leis suecas que protegem
a identidade das fontes.
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