São Paulo, sexta-feira, 19 de novembro de 2010

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Criador do WikiLeaks tem ordem de prisão decretada pela 2ª vez

Acusado de abusar sexualmente de suecas, australiano diz ser alvo de complô dos EUA

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Justiça sueca ordenou pela segunda vez a prisão de Julian Assange, o criador do polêmico site WikiLeaks.
"Solicito à Corte Distrital de Estocolmo que prenda o senhor Assange por ser suspeito de estupro, assédio sexual e coerção ilegal", indicou Marianne Ny, diretora da procuradoria, em comunicado em inglês.
Os crimes teriam sido cometidos na ocasião em que o australiano visitou o país para participar de conferências sobre o endereço na internet que fundou.
A Corte de Apelação de Estocolmo tomou a decisão em uma breve reunião. Assange não estava presente.
"O motivo de meu pedido é que precisamos interrogá-lo. Até agora, não conseguimos encontrá-lo para realizar os interrogatórios", completou a diretora da procuradoria.
O advogado de defesa Björn Hurtig disse, em entrevista ao jornal local "Expressen", que seu cliente está sofrendo "acusações falsas", um processo que está prejudicando seu nome e o "trabalho global" que faz.
Hurtig também ameaçou responsabilizar o Estado sueco pelos prejuízos causados à reputação nos últimos meses com a difusão das denúncias de abusos sexuais.
Na metade de agosto, poucos dias depois de desembarcar em terras suecas, Assange teria cometido três crimes, relacionados a abuso sexual e coerção sexual.
O WikiLeaks publicou documentos sigilosos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão, informações que comprometem as Forças Armadas dos EUA.
O fundador do portal diz que o processo sueco nada mais é do que um complô dos americanos para prejudicá-lo, como forma de responder à divulgação do material.
No começo de novembro, Assange tornou pública a possibilidade de pedir asilo político aos suíços, já que o país é conhecido por ter uma "longa tradição na defesa dos direitos humanos".
A Súecia é um dos principais apoiadores do WikiLeaks, porque o Partido Pirata local combinou com Assange abrigar os servidores do portal da internet.
Essa decisão se mantém, não deve ser alterada, apesar das acusações de estupro que pesam sobre Assange.
O site ainda tira proveito das leis suecas que protegem a identidade das fontes.


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