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ORIENTE MÉDIO
País assina protocolo ao TNP, permitindo que agência da ONU atue, e fala em nova era; EUA sugerem prudência
Irã abre programa nuclear a inspeções de surpresa
DA REDAÇÃO
O Irã assinou ontem um protocolo que autoriza a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica), da ONU, a fazer inspeções
de surpresa no país -relacionadas a seu programa nuclear.
A assinatura do Protocolo Adicional ao Tratado de Não-Proliferação (TNP), de 1968, veio um
ano e meio após um grupo de
opositores no exílio afirmar que
Teerã estava escondendo várias
instalações nucleares. As acusações se mostraram verdadeiras.
O embaixador iraniano na
AIEA, Ali Akbar Salehi, disse que
a assinatura prova que o Irã quer
colocar todo o seu programa nuclear sob avaliação internacional.
"Espero que uma nova era comece e que meu país não seja mais alvo de acusações injustas", afirmou, em recado aos EUA, que
acusam Teerã de ter um programa secreto de armas nucleares.
Para o diretor da AIEA, Mohamed El Baradei, o ato aumenta a
confiança de que as intenções nucleares iranianas são pacíficas e
permite o fim de um ciclo de 20
anos em que o Irã escondia informações, mas pediu a rápida ratificação do protocolo. O embaixador dos EUA no órgão, Kenneth
Brill, disse que ainda será necessário tempo para se confiar no Irã.
Ao mesmo tempo, o vice-ministro russo de Energia Atômica, Valery Govorukhin, disse que o Irã
está pronto para assinar um acordo sobre a devolução, em janeiro,
de combustível nuclear enriquecido para sua usina de Bushehr.
Segundo ele, isso não tem relação
com o protocolo assinado. A Rússia ajuda o Irã a construir um reator de US$ 800 milhões. O governo russo alega que o objetivo dessa obra é a geração de energia.
A adesão iraniana ao protocolo
gerou um intenso debate no país,
com a linha-dura islâmica contra.
Após o aumento da pressão internacional, o governo iraniano aceitou inspeções rígidas e a suspensão do enriquecimento de urânio.
Com agências internacionais
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