DA REDAÇÃO

O vice-presidente dos Estados Unidos, Dick Cheney, fez ontem uma rápida visita ao Iraque, a primeira desde a invasão norte-americana, em 2003, em um final de semana marcado por vários atentados no país, com um saldo de dez mortos e oito feridos.
Um dos principais arquitetos da Guerra do Iraque, Cheney, em encontro com o governo interino, classificou a eleição da última quinta de "maravilhosa".
A visita foi cercada de tanto sigilo que até o presidente do Iraque, Jalal Talabani, foi surpreendido. Sua reação, contudo, foi de intensa satisfação. Agradeceu a Cheney e disse que o vice-presidente norte-americano era "um dos heróis da libertação do Iraque". Mas dois dos mais importantes líderes políticos do país e muito influentes em suas comunidades atacaram a presença dos EUA.
O negociador sunita Saleh al Mutlak disse que os americanos não são bem-vindos e deveriam partir. Suas declarações fizeram eco às do clérigo radical xiita Moqtada al Sadr, que sábado acusou os americanos de se preocuparem somente com sua agenda e ignorarem a dos iraquianos.

Atentados
A explosão de uma bomba em um movimentado mercado de Bagdá matou ontem cinco pessoas e feriu outras sete. Também na capital, um homem-bomba se suicidou e matou um policial, e outro se feriu quando um cinto carregado de explosivos preso em seu corpo detonou.
A Corte de Segurança da Jordânia condenou à morte o terrorista Abu Musab al Zarqawi por planejar um ataque suicida na fronteira com o Iraque. É a terceira condenação à pena capital que recebe Zarqawi, o homem mais procurado pelos EUA no Iraque.

Libertada
O Ministério das Relações Exteriores da Alemanha anunciou ontem a libertação da arqueóloga alemã Susanne Osthoff, seqüestrada no Iraque há três semanas. Osthoff, 43, se encontra em "bom estado".