São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2004

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ORIENTE MÉDIO

Traçado poderá ser alterado; soldado é morto pelo Hizbollah, e Hamas diz que utilizará mais mulheres suicidas

Israel estuda medidas para reduzir o impacto de barreira

DA REDAÇÃO

Israel deverá estudar maneiras para reduzir o impacto causado na vida dos palestinos pela barreira que está sendo construída para separar o país da Cisjordânia (território palestino ocupado), segundo uma autoridade israelense que preferiu não se identificar.
A medida, ainda não oficial, ocorre em meio à preparação de Israel para se defender na Corte Internacional de Justiça, em Haia (Holanda), no próximo mês, que discutirá a legalidade da barreira.
Anteontem, o premiê de Israel, Ariel Sharon, afirmou que o traçado da barreira talvez fosse alterado por razões humanitárias. Para o premiê, a barreira tem obtido sucesso no seu principal objetivo, que é o de impedir a entrada de terroristas palestinos em Israel, mas não tem sido satisfatória em termos humanitários.
Em algumas áreas, a barreira avança até 40 km para dentro da Cisjordânia, deixando do lado israelense assentamentos judaicos e muitas vilas e terras palestinas, inviabilizando a criação de um futuro Estado. Além disso, milhares de palestinos ficam impedidos de ter acesso às suas terras, locais de trabalhos, hospitais e escolas.
Segundo a autoridade israelense, para facilitar a vida desses palestinos devem ser construídos túneis e pontes em algumas áreas e o traçado poderá ser alterado.

Soldado morto
Na fronteira com o Líbano, no norte de Israel, o grupo extremista islâmico Hizbollah matou um soldado israelense ao disparar contra uma escavadeira do Exército de Israel.
O grupo afirma que o veículo teria entrado no território libanês. Os israelenses dizem que a escavadeira estava do lado de Israel e culparam a Síria pelo episódio. Os sírios dão apoio ao Hizbollah.
Na Cisjordânia, forças israelenses atiraram contra uma palestina surda e muda, após ela violar o toque de recolher, segundo autoridades palestinas. A mulher foi ferida nas pernas. O Exército de Israel afirmou que a palestina não respeitou ordens para parar.
O fundador e líder espiritual do grupo terrorista Hamas, xeque Ahmed Yassin, disse ontem que a era "das mulheres suicidas começou". Segundo ele, cada vez mais serão utilizadas mulheres nas ações suicidas contra Israel.


Com agências internacionais


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