|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Para promotores, condenar outros
envolvidos nos atentados é difícil
ANDREW GUMBEL
DO "THE INDEPENDENT", EM LOS ANGELES
O estudante marroquino Mounir El Motassadeq foi o primeiro
homem considerado culpado por
envolvimento nos atentados de 11
de setembro de 2001 nos EUA,
mas, enquanto promotores ao redor do mundo lutam contra a
frustração de provas vagas ou insuficientes e a reticência de serviços de segurança com informações valiosas a oferecer, há crescentes dúvidas sobre se haverá
uma segunda condenação.
Advogados de defesa de El Motassadeq procuraram retratar os
indícios contra ele como nada
mais do que uma rede de suposições e de rumores baseada em sua
escolha infeliz de amigos -Mohammed Atta, Ziad Jarrah, Marwan al Shehhi e outras pessoas diretamente envolvidas nos ataques
em Nova York e nos arredores de
Washington.
Até o juiz Albrecht Mentz inicialmente deu sinais de que o tribunal de Hamburgo poderia levar
em conta alguma forma de acusação menor -embora ele tenha
mudado de idéia depois.
O problema principal, para os
promotores na Alemanha, nos
EUA e em qualquer outro lugar, é
que os terroristas que levaram a
cabo os atentados estão todos
mortos. Além disso, algumas das
melhores provas -obtidas com
integrantes da rede terrorista Al
Qaeda capturados após os ataques- estão sendo guardadas
por razões de segurança, o que faz
com que seja difícil, se não impossível, apresentá-las aos tribunais.
El Motassadeq foi considerado
culpado por causa de provas que
nem ele nem seus advogados conseguiram descartar totalmente.
Segundo os promotores, ele foi
responsável por muitas das transferências de dinheiro que financiaram os atentados nos EUA. E
ele admitiu ter sido treinado no
Afeganistão.
Texto Anterior: Terror: Condenado o primeiro réu do 11 de setembro Próximo Texto: Governo aconselha americanos a ter kit de emergência antiterror Índice
|