DA REDAÇÃO

O pré-candidato democrata à Presidência John Kerry recebeu ontem o apoio da Federação Americana do Trabalho - Congresso das Organizações Industriais (AFL-CIO), a maior central sindical dos EUA, com 13 milhões de filiados.
O apoio é importante para Kerry, que tem sido atacado por ter votado a favor do Nafta (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) em 1993 -os críticos do tratado dizem que ele causou a fuga de postos de trabalho dos EUA para o México.
Diante do interesse maior que é derrotar o presidente George W. Bush, a AFL-CIO deixou de lado suas discordâncias sobre livre comércio e endossou Kerry.
A campanha do favorito para se tornar o candidato democrata na eleição de novembro, no entanto, sofreu um abalo após reportagem do jornal "Los Angeles Times" revelar que Kerry recebeu doações no valor de US$ 25 mil entre 1996 e 1999 da Science and Applied Technology, empresa fabricante de equipamentos militares.
Kerry não infringiu qualquer lei, mas a informação se torna delicada para ele porque elegeu como uma das bandeiras de sua campanha presidencial o combate aos "interesses especiais" -termo usado para empresas e poderosos que fazem doações a parlamentares em Washington. Como senador por Massachusetts, Kerry escreveu 28 cartas a colegas do Congresso e funcionários do Pentágono defendendo a liberação de verbas para projeto em que a Science and Applied Technology estava envolvida.