São Paulo, sexta-feira, 20 de fevereiro de 2004

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CRISE

Presidente Aristide diz que se defenderá até morrer

Violência leva os EUA a sugerir que seus cidadãos deixem o Haiti

DA REDAÇÃO

O Departamento de Estado dos EUA pediu ontem que todos os americanos que não integrem o corpo diplomático saiam imediatamente do Haiti enquanto houver disponibilidade de transporte.
O temor é de que a sangrenta crise política por que passa o país, na qual morreram mais de 60 pessoas desde 5 de fevereiro, chegue à capital, Porto Príncipe.
Mais de dez cidades haitianas já estão nas mãos de opositores, que querem derrubar o presidente Jean Bertrand Aristide.
Também foi autorizada a saída de familiares do pessoal diplomático e de funcionários da embaixada que não sejam essenciais.
Os funcionários da Embaixada dos EUA e seus familiares que permanecerem no Haiti terão de respeitar um toque de recolher que começará às 20h e terminará somente às 6h.
Todos foram advertidos a não deixar Porto Príncipe. Uma missão com quatro militares será enviada à capital haitiana para verificar a segurança da embaixada e de seu pessoal.

OEA apóia Aristides
Ontem à noite, a OEA (Organização dos Estados Americanos) aprovou uma resolução de "firme apoio" a Aristides. A entidade pediu respeito aos direitos humanos e ao Estado de Direito.
Os EUA, a França, o Canadá e o Caricom (comunidade dos países do Caribe) enviarão emissários ao Haiti amanhã para pressionar Aristide a executar reformas.
O anúncio foi feito pelo chanceler canadense, Bill Graham. Segundo ele, Aristide não está cumprindo as suas promessas de libertar prisioneiros políticos, designar um premiê independente e reformar a polícia.
"Estou pronto para dar a minha vida para defender o meu país", disse ontem Aristides, cujo mandato termina em 2006.


Com agências internacionais


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