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CRISE
Presidente Aristide diz que se defenderá até morrer
Violência leva os EUA a sugerir que seus cidadãos deixem o Haiti
DA REDAÇÃO
O Departamento de Estado dos
EUA pediu ontem que todos os
americanos que não integrem o
corpo diplomático saiam imediatamente do Haiti enquanto houver disponibilidade de transporte.
O temor é de que a sangrenta
crise política por que passa o país,
na qual morreram mais de 60 pessoas desde 5 de fevereiro, chegue à
capital, Porto Príncipe.
Mais de dez cidades haitianas já
estão nas mãos de opositores, que
querem derrubar o presidente
Jean Bertrand Aristide.
Também foi autorizada a saída
de familiares do pessoal diplomático e de funcionários da embaixada que não sejam essenciais.
Os funcionários da Embaixada
dos EUA e seus familiares que
permanecerem no Haiti terão de
respeitar um toque de recolher
que começará às 20h e terminará
somente às 6h.
Todos foram advertidos a não
deixar Porto Príncipe. Uma missão com quatro militares será enviada à capital haitiana para verificar a segurança da embaixada e
de seu pessoal.
OEA apóia Aristides
Ontem à noite, a OEA (Organização dos Estados Americanos)
aprovou uma resolução de "firme
apoio" a Aristides. A entidade pediu respeito aos direitos humanos
e ao Estado de Direito.
Os EUA, a França, o Canadá e o
Caricom (comunidade dos países
do Caribe) enviarão emissários ao
Haiti amanhã para pressionar
Aristide a executar reformas.
O anúncio foi feito pelo chanceler canadense, Bill Graham. Segundo ele, Aristide não está cumprindo as suas promessas de libertar prisioneiros políticos, designar um premiê independente e
reformar a polícia.
"Estou pronto para dar a minha
vida para defender o meu país",
disse ontem Aristides, cujo mandato termina em 2006.
Com agências internacionais
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