São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2011

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Disputas contam a história política do golfo Pérsico

DE SÃO PAULO

A atual onda de violência entre manifestantes antigoverno e forças de segurança no Bahrein soma-se a uma longa lista de tensões e conflitos que marcaram a história do golfo Pérsico.
A região desértica, que detém as maiores reservas mundiais de petróleo e abriga os principais santuários do islã, é entrecortada por fronteiras artificialmente moldadas ao longo de um passado sangrento.
Entre a expansão islâmica lançada no século 7 e o início do século 20, a região foi disputada por persas, árabes, mongóis, portugueses e otomanos, até ser dominada pelo império britânico.
Acordos entre o clã da família Saud e os britânicos logo após a descoberta das reservas de petróleo da região consolidaram a criação da Arábia Saudita, o mais poderoso Estado do golfo Pérsico.
As fronteiras atuais são resultantes em grande parte de recortes feitos sob influência dos britânicos, que puseram fim, nos anos 70, às suas colônias e protetorados.
Nas últimas décadas a região voltou a ser palco de conflitos. O mais mortífero, a Guerra Irã-Iraque (1980-88), deixou 1 milhão de mortos.
Em 1990, iraquianos ocuparam o Kuait, que o ditador Saddam Hussein considerava extensão do seu território.
O Kuait foi libertado no ano seguinte durante a Primeira Guerra do Golfo, na qual uma coalizão liderada pelos EUA e apoiada por vários países árabes deixou o regime iraquiano de joelhos.
Mas Saddam Hussein só caiu em 2003, após a Segunda Guerra do Golfo, deflagrada pelos EUA sob o pretexto, que se revelou falso, de que Bagdá mantinha em sigilo armas de destruição em massa.


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