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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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Ditador cultua tradições tribais

DA REPORTAGEM LOCAL

Saddam Hussein apega-se cada vez mais a dogmas tribais, como honra, vingança e família. O seu círculo de extrema confiança não excede uma dezena de pessoas, segundo um de seus biógrafos, o palestino Said Harish. No topo desse grupo estão seus dois filhos, Uday e Qusay.
Uday ajuda o pai a controlar o braço político do regime e era apontado como o seu eventual sucessor -foi eleito deputado em 2000 e dirige uma estação de TV e o jornal "Babel".
Fanático por esportes, é acusado de torturar atletas que não tinham um bom desempenho nas Olimpíadas. Qusay cuida das forças militares de elite e dos serviços de inteligência.
Duas das três filhas de Saddam não foram mais vistas em público depois que seus maridos tentaram fugir para a Jordânia com elas -teriam sido castigadas com o isolamento. Os genros tiveram sorte pior -foram assassinados.
Saddam tornou-se ainda mais paranóico com segurança depois que Uday sofreu um atentado a bala, em 1996. Ele adota sósias e faz com que todos que vão vê-lo em audiência passem por raio-X por temer que carreguem explosivos no estômago.
Saddam dorme cada noite num lugar, e suas refeições também seguem essa lógica errática -seis delas são preparadas em locais diferentes e só no último minuto sabe-se para onde Saddam foi. Mesmo assim, um testador prova antes seus pratos.


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