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Ditador cultua tradições tribais
DA REPORTAGEM LOCAL
Saddam Hussein apega-se cada
vez mais a dogmas tribais, como
honra, vingança e família. O seu
círculo de extrema confiança não
excede uma dezena de pessoas,
segundo um de seus biógrafos, o
palestino Said Harish. No topo
desse grupo estão seus dois filhos,
Uday e Qusay.
Uday ajuda o pai a controlar o
braço político do regime e era
apontado como o seu eventual sucessor -foi eleito deputado em
2000 e dirige uma estação de TV e
o jornal "Babel".
Fanático por esportes, é acusado de torturar atletas que não tinham um bom desempenho nas
Olimpíadas. Qusay cuida das forças militares de elite e dos serviços
de inteligência.
Duas das três filhas de Saddam
não foram mais vistas em público
depois que seus maridos tentaram fugir para a Jordânia com
elas -teriam sido castigadas com
o isolamento. Os genros tiveram
sorte pior -foram assassinados.
Saddam tornou-se ainda mais
paranóico com segurança depois
que Uday sofreu um atentado a
bala, em 1996. Ele adota sósias e
faz com que todos que vão vê-lo
em audiência passem por raio-X
por temer que carreguem explosivos no estômago.
Saddam dorme cada noite num
lugar, e suas refeições também seguem essa lógica errática -seis
delas são preparadas em locais diferentes e só no último minuto sabe-se para onde Saddam foi. Mesmo assim, um testador prova antes seus pratos.
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