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Fim do embargo reativa parceria com o Brasil
SAMY ADGHIRNI
DA REPORTAGEM LOCAL
A queda do regime de
Saddam Hussein e o fim
do embargo da ONU ao
Iraque levaram os governos brasileiro e iraquiano
a se reaproximarem, norteados pela ambição de
resgatar uma parceria que
floresceu nos anos 70 e 80.
Os sinais mais recentes
desse processo, segundo a
Folha apurou, são a visita
ao Brasil, prevista para junho, de cinco ministros de
Bagdá e a realização de
uma feira bilateral de negócios no fim deste ano em
território iraquiano.
No próximo mês, o presidente da Câmara de Comércio Brasil-Iraque, Jalal Chaya, vai a Bagdá para
preparar a vinda ao Brasil
dos ministros iraquianos
de Transporte, Eletricidade, Planejamento, Petróleo e Comércio.
Nos últimos três anos, já
estiveram no país o presidente iraquiano, Jalal Talabani, altos funcionários
do Ministério do Comércio e o líder do Dawa, um
dos maiores partidos xiitas do Iraque, o ex-premiê
Ibrahim al Jaafari.
Chaya também está
conversando com a Apex
(Agência Brasileira de
Promoção de Exportações) sobre a segunda feira
"Brasil Reconstruindo o
Iraque", que acontecerá
em Irbil, no Curdistão iraquiano -por razões de segurança, a primeira, em
2005, havia ocorrido em
Amã, na Jordânia.
A idéia da feira é colocar
frente a frente empresários brasileiros e iraquianos, principalmente nas
áreas de alimentação e
maquinária, que vêm alavancando o comércio bilateral. Segundo dados oficiais, as vendas do Brasil
ao Iraque alcançaram US$
226 milhões no ano passado e representam o melhor resultado desde 1990,
quando a ONU impôs um
embargo econômico que
vigorou até 2003.
No plano diplomático, o
Iraque enviará um novo
embaixador a Brasília. O
Brasil mantém um núcleo
de assuntos iraquianos na
embaixada na Jordânia e
promete reativar a missão
brasileira em Bagdá até o
início de 2009.
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