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ITÁLIA
Ex-comunistas discutem fusão com partido pró-Vaticano
DA ASSOCIATED PRESS, EM ROMA
Anos depois de eliminar o
termo "comunista" de seu
nome e a foice e o martelo de
sua bandeira, o maior partido de esquerda italiano está
tomando um novo rumo, que
deve levá-lo a uma fusão com
uma agremiação de centro.
Ontem, os Democratas de
Esquerda iniciaram aquele
que pode ser seu último congresso -um encontro de três
dias, com muita retórica, em
Florença.
A maioria dos delegados
deve votar a favor da fusão
entre os Democratas de Esquerda e o Partido Margarida, de centro e pró-Vaticano.
A fusão criaria o Partido
Democrata -movimento
que conta com o entusiasmo
do primeiro-ministro Romano Prodi, de centro-esquerda, mas sem partido.
Mas nem todo mundo
compartilha do entusiasmo.
Os líderes da ala mais esquerdista dos Democratas de
Esquerda anunciaram que se
afastarão do novo partido
porque ele não representaria
os valores dos socialistas europeus e é centrista demais.
Alguns observadores estão
céticos quanto à capacidade
de dois partidos com posições divergentes sobre questões como as políticas para a
família se unirem de maneira efetiva.Os proponentes dizem que a nova agremiação
ajudará a simplificar um sistema político caracterizado
pelo elevado número de partidos.
A fusão é certamente significativa para os herdeiros
daquele que um dia foi o
maior Partido Comunista do
Ocidente. "Estamos diante
de um evento de proporções
históricas", afirmou o "Corriere della Sera", o maior diário italiano, em editorial de
capa, ontem.
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