São Paulo, sexta-feira, 20 de abril de 2007

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ITÁLIA

Ex-comunistas discutem fusão com partido pró-Vaticano

DA ASSOCIATED PRESS, EM ROMA

Anos depois de eliminar o termo "comunista" de seu nome e a foice e o martelo de sua bandeira, o maior partido de esquerda italiano está tomando um novo rumo, que deve levá-lo a uma fusão com uma agremiação de centro.
Ontem, os Democratas de Esquerda iniciaram aquele que pode ser seu último congresso -um encontro de três dias, com muita retórica, em Florença.
A maioria dos delegados deve votar a favor da fusão entre os Democratas de Esquerda e o Partido Margarida, de centro e pró-Vaticano.
A fusão criaria o Partido Democrata -movimento que conta com o entusiasmo do primeiro-ministro Romano Prodi, de centro-esquerda, mas sem partido.
Mas nem todo mundo compartilha do entusiasmo. Os líderes da ala mais esquerdista dos Democratas de Esquerda anunciaram que se afastarão do novo partido porque ele não representaria os valores dos socialistas europeus e é centrista demais.
Alguns observadores estão céticos quanto à capacidade de dois partidos com posições divergentes sobre questões como as políticas para a família se unirem de maneira efetiva.Os proponentes dizem que a nova agremiação ajudará a simplificar um sistema político caracterizado pelo elevado número de partidos.
A fusão é certamente significativa para os herdeiros daquele que um dia foi o maior Partido Comunista do Ocidente. "Estamos diante de um evento de proporções históricas", afirmou o "Corriere della Sera", o maior diário italiano, em editorial de capa, ontem.


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