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Presidente vê sinais "positivos" de Raúl Castro e Chávez e dá resposta a Morales
DO ENVIADO A PORT OF SPAIN
Na entrevista com que encerrou sua participação na Cúpula
das Américas, Barack Obama
avaliou como "positivos" os sinais que recebeu nos últimos
dias de Cuba e da Venezuela,
mas também cobrou dos governos dos dois países que demonstrem suas intenções.
"Como eu disse antes, o teste
para todos nós não são apenas
palavras, mas ações", afirmou.
O presidente dos Estados
Unidos também fez questão de
responder à acusação do presidente boliviano, Evo Morales,
de que funcionários americanos conspiraram com a oposição para depor seu governo.
Sobre a declaração do dirigente máximo de Cuba de que
está disposto a discutir "tudo"
com a Casa Branca, Obama avaliou: "O fato de Raúl Castro dizer que está disposto a que seu
governo discuta com o nosso
não só a questão do embargo,
mas direitos humanos e prisioneiros políticos, é sinal de progresso. Vamos ver se podemos
dar passos à frente".
Obama também enumerou
"diferenças" com o presidente
Hugo Chávez em questões de
política econômica e política
externa, especialmente a retórica "inflamada" chavista contra os EUA, mas chamou de
"gesto gentil" o fato de o venezuelano tê-lo presenteado com
o livro anti-imperialista "Veias
Abertas da América Latina".
Depois, brincou dizendo que
teve conversas com todos os líderes presentes à cúpula, mas
que "o presidente Chávez é melhor em se posicionar para as
câmeras".
Por fim, citou o boliviano Evo
Morales como exemplo de vitória sobre o racismo. "Independentemente do que penso sobre suas políticas, o fato de ele
ser a primeira pessoa de origem
indígena a ser eleita num país
que tem uma enorme população indígena indica o quanto
ainda resta a ser feito no mundo" quanto a esse tema.
O democrata disse a Morales
que os EUA não tinham nada a
ver com a suposta tentativa de
assassinato dele, que teria sido
desbaratada na semana passada. "Quis deixar claro que me
oponho absolutamente e condeno qualquer esforço de tentar depor governos democraticamente eleitos, no hemisfério
ou não", concluiu.
(SD)
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