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Blair visita Bagdá e diz não deplorar apoio a Bush
Premiê britânico deixa cargo em junho; Carter o acusa de ser "subserviente"
Morteiros atingiram a Zona
Verde antes da chegada de
Blair, mas assessores não
crêem em "atentado"; mais
cinco americanos morrem
DA REDAÇÃO
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que deve deixar
seu posto no dia 27 de junho,
fez ontem uma última visita a
Bagdá e afirmou não se arrepender de ter apoiado a invasão
americana em 2003. "Também
não lamento a deposição de
Saddam Hussein", disse ele.
Pouco antes de sua chegada,
morteiros foram disparados
contra a Zona Verde, região da
capital iraquiana em que estão
as principais embaixadas e prédios oficiais. Mas a comitiva do
premiê disse não haver indícios
de que ele seria o alvo desses
"ataques de rotina".
Blair se reuniu com o primeiro-ministro Nouri al Maliki e
com o presidente Jalal Talabani. Disse a ambos continuar a
acreditar que o futuro do Iraque deve ser decidido pelos iraquianos e que é importante que
"os países vizinhos tenham
consciência disso".
Em Londres, o ex-presidente
americano Jimmy Carter fez
críticas bastante duras ao ainda
premiê britânico, qualificando
suas relações com o presidente
George W. Bush de "abomináveis, leais, cegas e aparentemente subservientes".
Carter ainda afirmou, em entrevista à BBC, que a política de
Bush e Blair no Iraque representa uma "tragédia mundial.
Mais mortes americanas
O comando militar americano no Iraque anunciou ontem
que cinco soldados foram mortos em atos da insurgência.
Três deles foram atingidos na
sexta em missão de patrulha
em Bagdá. Um quarto morreu
ao ser alvejado na Província de
Anbar e o último, já no sábado,
também durante o patrulhamento na capital.
Ainda ontem, autoridades
iraquianas disseram que ao
menos 15 civis, todos xiitas curdos, foram mortos quando um
comando armado invadiu uma
aldeia próxima à fronteira com
o Irã. O grupo estava uniformizado e se apresentou como sendo do Exército regular. Separou
os homens adultos das mulheres e crianças e os fuzilou.
Com agências internacionais
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