São Paulo, domingo, 20 de maio de 2007

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Blair visita Bagdá e diz não deplorar apoio a Bush

Premiê britânico deixa cargo em junho; Carter o acusa de ser "subserviente"

Morteiros atingiram a Zona Verde antes da chegada de Blair, mas assessores não crêem em "atentado"; mais cinco americanos morrem


DA REDAÇÃO

O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que deve deixar seu posto no dia 27 de junho, fez ontem uma última visita a Bagdá e afirmou não se arrepender de ter apoiado a invasão americana em 2003. "Também não lamento a deposição de Saddam Hussein", disse ele.
Pouco antes de sua chegada, morteiros foram disparados contra a Zona Verde, região da capital iraquiana em que estão as principais embaixadas e prédios oficiais. Mas a comitiva do premiê disse não haver indícios de que ele seria o alvo desses "ataques de rotina".
Blair se reuniu com o primeiro-ministro Nouri al Maliki e com o presidente Jalal Talabani. Disse a ambos continuar a acreditar que o futuro do Iraque deve ser decidido pelos iraquianos e que é importante que "os países vizinhos tenham consciência disso".
Em Londres, o ex-presidente americano Jimmy Carter fez críticas bastante duras ao ainda premiê britânico, qualificando suas relações com o presidente George W. Bush de "abomináveis, leais, cegas e aparentemente subservientes".
Carter ainda afirmou, em entrevista à BBC, que a política de Bush e Blair no Iraque representa uma "tragédia mundial.

Mais mortes americanas
O comando militar americano no Iraque anunciou ontem que cinco soldados foram mortos em atos da insurgência.
Três deles foram atingidos na sexta em missão de patrulha em Bagdá. Um quarto morreu ao ser alvejado na Província de Anbar e o último, já no sábado, também durante o patrulhamento na capital.
Ainda ontem, autoridades iraquianas disseram que ao menos 15 civis, todos xiitas curdos, foram mortos quando um comando armado invadiu uma aldeia próxima à fronteira com o Irã. O grupo estava uniformizado e se apresentou como sendo do Exército regular. Separou os homens adultos das mulheres e crianças e os fuzilou.


Com agências internacionais


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