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Árabes dão crédito a Obama, mas mantêm desconfiança sobre EUA
Conclusão é de pesquisa feita em seis países da região pelo instituto Zogby
DA REDAÇÃO
Apesar da enorme expectativa, a chegada de Barack Obama
à Casa Branca não alterou de
maneira significativa a percepção das sociedades árabes sobre os EUA. Ainda que a imagem do mandatário, que leva
Hussein no nome, seja positiva,
a desconfiança ainda marca a
visão dos árabes sobre o país.
A conclusão é de pesquisa de
opinião pública em seis países
árabes -Egito, Arábia Saudita,
Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Líbano e Jordânia- realizada pela Universidade de
Maryland e o instituto Zogby. A
margem de erro é de 1,6 ponto
percentual .
Segundo a sondagem, 66%
dos 4.087 entrevistados disseram não confiar nos EUA, contra 70% no ano passado, ainda
sob o governo de George W.
Bush -que a mesma pesquisa
mostra ser o líder ou ex-líder
estrangeiro mais impopular na
região. Disseram ter muita ou
alguma confiança no país 18%
deles, contra 15% em 2008.
Da mesma forma, 77% afirmaram adotar uma atitude desfavorável aos EUA. No ano passado, eram 83%. Já Obama é
visto de maneira positiva por
45% das pessoas entrevistadas.
Mantiveram-se neutras 28%, e
disseram ter imagem negativa
do presidente americano 24%.
Já as políticas do americano
para o Oriente Médio, que incluem a defesa do Estado palestino, a retirada programada do
Iraque e uma tentativa de diálogo com o Irã, são vistas como
mais positivas. Consideram-nas promissoras 51% dos entrevistados, contra 14% que as
veem como desanimadoras.
A recuperação da imagem
dos EUA entre os países muçulmanos, sobretudo os do Oriente Médio, dramaticamente deteriorada pelos oito anos de governo Bush, é uma das principais frentes do governo Obama.
No começo de abril, durante
o primeiro giro diplomático
após assumir a Casa Branca,
Obama fez escala na Turquia
para afirmar em discurso no
Parlamento que "os EUA jamais farão guerra ao islã".
No próximo dia 4, o presidente irá ao Egito para pronunciar um discurso dirigido aos
muçulmanos, promessa que fez
ainda na posse. Antes, receberá
o ditador egípcio, Hosni Mubarak, na Casa Branca.
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