São Paulo, quarta-feira, 20 de maio de 2009

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Árabes dão crédito a Obama, mas mantêm desconfiança sobre EUA

Conclusão é de pesquisa feita em seis países da região pelo instituto Zogby

DA REDAÇÃO

Apesar da enorme expectativa, a chegada de Barack Obama à Casa Branca não alterou de maneira significativa a percepção das sociedades árabes sobre os EUA. Ainda que a imagem do mandatário, que leva Hussein no nome, seja positiva, a desconfiança ainda marca a visão dos árabes sobre o país.
A conclusão é de pesquisa de opinião pública em seis países árabes -Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Líbano e Jordânia- realizada pela Universidade de Maryland e o instituto Zogby. A margem de erro é de 1,6 ponto percentual .
Segundo a sondagem, 66% dos 4.087 entrevistados disseram não confiar nos EUA, contra 70% no ano passado, ainda sob o governo de George W. Bush -que a mesma pesquisa mostra ser o líder ou ex-líder estrangeiro mais impopular na região. Disseram ter muita ou alguma confiança no país 18% deles, contra 15% em 2008.
Da mesma forma, 77% afirmaram adotar uma atitude desfavorável aos EUA. No ano passado, eram 83%. Já Obama é visto de maneira positiva por 45% das pessoas entrevistadas. Mantiveram-se neutras 28%, e disseram ter imagem negativa do presidente americano 24%.
Já as políticas do americano para o Oriente Médio, que incluem a defesa do Estado palestino, a retirada programada do Iraque e uma tentativa de diálogo com o Irã, são vistas como mais positivas. Consideram-nas promissoras 51% dos entrevistados, contra 14% que as veem como desanimadoras.
A recuperação da imagem dos EUA entre os países muçulmanos, sobretudo os do Oriente Médio, dramaticamente deteriorada pelos oito anos de governo Bush, é uma das principais frentes do governo Obama.
No começo de abril, durante o primeiro giro diplomático após assumir a Casa Branca, Obama fez escala na Turquia para afirmar em discurso no Parlamento que "os EUA jamais farão guerra ao islã".
No próximo dia 4, o presidente irá ao Egito para pronunciar um discurso dirigido aos muçulmanos, promessa que fez ainda na posse. Antes, receberá o ditador egípcio, Hosni Mubarak, na Casa Branca.


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