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São Paulo, sexta-feira, 20 de junho de 2003

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CÚPULA

Reunião na Grécia deve aprovar advertência contra Irã e Coréia do Norte

UE promete ação antiterror e debate imigração e Carta

DA REDAÇÃO

A Europa está engajada no combate ao terrorismo e deve participar ao lado dos Estados Unidos dos esforços para garantir uma maior segurança mundial.
A afirmação está em documento lido ontem na abertura da cúpula da União Européia (UE) por Javier Solana, comissário de política externa e segurança do bloco.
A reunião semestral foi aberta por chefes de Estado e de governo em Salônica, na Grécia, em meio a um forte dispositivo de segurança e com uma agenda da qual também constam a política de imigração e o projeto de Constituição.
Solana procurou sobretudo se mostrar amistoso com os EUA, que valorizam o combate ao terrorismo em sua agenda. "Os EUA desempenham funções essenciais, por meio do apoio à integração européia e também em razão da Otan [aliança militar ocidental]", disse Solana. Ele ressaltou, porém: "Ninguém pode, isoladamente, resolver todos os problemas" do mundo.
O apoio à guerra ao terror liderada pelos EUA pode ajudar a pacificar as relações de Washington com membros da UE que se opuseram à guerra no Iraque, como França, Alemanha e Bélgica.
Além do terrorismo, Solana citou como problemas de segurança a pobreza, a proliferação de armas de destruição em massa e a decomposição de alguns Estados por força do crime organizado.
Os governantes estão reunidos em Porto Carras, complexo de veraneio a 150 km de Salônica.
Entre 50 mil e 100 mil manifestantes devem chegar à Grécia para manifestações de protesto e a realização de uma conferência alternativa. O governo grego construiu uma cidade de tendas para abrigar os manifestantes, mas proibiu que eles se aproximassem de Porto Carras, que está sob a proteção de 15 mil policiais, 1.100 integrantes de tropas de elite e ainda tropas da Guarda Costeira.
A agenda do encontro inclui questões com apoio unânime, como a advertência ao Irã e à Coréia do Norte para que não construam artefatos nucleares, outra ação apoiada pelos EUA.
Entre temas que provocam divergências há a imigração. A UE deverá delicadamente arquivar a idéia do premiê britânico, Tony Blair, de criar "centros de trânsito" para estrangeiros que pedem asilo político. O plano é criticado por entidades como a Anistia Internacional e encontra resistências da Suécia e Alemanha.
Os governantes reservaram para hoje três horas de discussões sobre o projeto de Constituição, elaborado sob a supervisão do ex-presidente francês Valery Giscard d"Estaing. A França quer que o projeto, já aprovado pela Comissão Européia, sofra poucas modificações. Espanha e Áustria, no entanto, têm dúvidas quanto à criação de um posto permanente de presidente da UE.


Com agências internacionais


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