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CÚPULA
Reunião na Grécia deve aprovar advertência contra Irã e Coréia do Norte
UE promete ação antiterror e debate imigração e Carta
DA REDAÇÃO
A Europa está engajada no
combate ao terrorismo e deve
participar ao lado dos Estados
Unidos dos esforços para garantir
uma maior segurança mundial.
A afirmação está em documento lido ontem na abertura da cúpula da União Européia (UE) por
Javier Solana, comissário de política externa e segurança do bloco.
A reunião semestral foi aberta
por chefes de Estado e de governo
em Salônica, na Grécia, em meio a
um forte dispositivo de segurança
e com uma agenda da qual também constam a política de imigração e o projeto de Constituição.
Solana procurou sobretudo se
mostrar amistoso com os EUA,
que valorizam o combate ao terrorismo em sua agenda. "Os EUA
desempenham funções essenciais, por meio do apoio à integração européia e também em razão
da Otan [aliança militar ocidental]", disse Solana. Ele ressaltou,
porém: "Ninguém pode, isoladamente, resolver todos os problemas" do mundo.
O apoio à guerra ao terror liderada pelos EUA pode ajudar a pacificar as relações de Washington
com membros da UE que se opuseram à guerra no Iraque, como
França, Alemanha e Bélgica.
Além do terrorismo, Solana citou como problemas de segurança a pobreza, a proliferação de armas de destruição em massa e a
decomposição de alguns Estados
por força do crime organizado.
Os governantes estão reunidos
em Porto Carras, complexo de veraneio a 150 km de Salônica.
Entre 50 mil e 100 mil manifestantes devem chegar à Grécia para
manifestações de protesto e a realização de uma conferência alternativa. O governo grego construiu uma cidade de tendas para
abrigar os manifestantes, mas
proibiu que eles se aproximassem
de Porto Carras, que está sob a
proteção de 15 mil policiais, 1.100
integrantes de tropas de elite e
ainda tropas da Guarda Costeira.
A agenda do encontro inclui
questões com apoio unânime, como a advertência ao Irã e à Coréia
do Norte para que não construam
artefatos nucleares, outra ação
apoiada pelos EUA.
Entre temas que provocam divergências há a imigração. A UE
deverá delicadamente arquivar a
idéia do premiê britânico, Tony
Blair, de criar "centros de trânsito" para estrangeiros que pedem
asilo político. O plano é criticado
por entidades como a Anistia Internacional e encontra resistências da Suécia e Alemanha.
Os governantes reservaram para hoje três horas de discussões
sobre o projeto de Constituição,
elaborado sob a supervisão do ex-presidente francês Valery Giscard
d"Estaing. A França quer que o
projeto, já aprovado pela Comissão Européia, sofra poucas modificações. Espanha e Áustria, no
entanto, têm dúvidas quanto à
criação de um posto permanente
de presidente da UE.
Com agências internacionais
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