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Netanyahu dá sinal verde a expansão em Jerusalém
Decisão do premiê de Israel contraria pressão dos EUA para congelar novas colônias
Washington manifestara a
oposição ao embaixador
israelense; parte oriental da
cidade é reivindicada como
capital de Estado palestino
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Binyamin
Netanyahu, rejeitou ontem as
pressões do governo dos EUA
para interromper a construção
de assentamentos judaicos em
Jerusalém Oriental e disse que
a soberania israelense sobre a
cidade não está em discussão.
No final da semana passada,
o Departamento de Estado dos
EUA chamara o novo embaixador israelense no país, Michael
Oren, para manifestar oposição
a um projeto de expansão das
colônias na cidade que Israel
considera sua capital -embora
sem reconhecimento externo.
"Não podemos aceitar o fato
de que judeus não possam estabelecer-se em qualquer lugar
de Jerusalém", disse o premiê
ontem em reunião de gabinete.
A expansão dos assentamentos israelenses tanto na cidade
como na Cisjordânia é o principal ponto de divergência entre
os governos Netanyahu e Barack Obama. Autoridades palestinas condicionam a retomada das conversas de paz ao total
congelamento das colônias.
Os palestinos exigem que Jerusalém Oriental seja a capital
do seu futuro Estado nacional e
acusam o governo de Israel de
comprometer esse objetivo por
meio de incentivos às novas
construções -que isolam as
populações árabes da cidade.
A demanda é expressamente
rejeitada por Israel, que considera a cidade sua capital "indivisível". Jerusalém Oriental está sob controle do país desde a
Guerra dos Seis Dias (1967), e
cerca de 180 mil israelenses vivem em bairros judeus no local.
Embora recentemente tenha
admitido a possibilidade de um
Estado palestino, Netanyahu
exige que seja desmilitarizado,
o que, na prática, enterra a solução dos dois Estados, norte
das negociações de paz desde os
Acordos de Oslo, de 1993.
Em viagem à Índia, a secretária de Estado dos EUA, Hillary
Clinton, disse apenas que Washington ainda busca um acordo
com Israel sobre as colônias.
"As negociações são intensas.
Estão em andamento", disse.
O negociador-chefe da ANP
(Autoridade Nacional Palestina) -que controla a Cisjordânia-, Saeb Erekat, disse que
Netanyahu "sabe bem que não
haverá paz entre palestinos e
israelenses enquanto Jerusalém Oriental não for a capital
do Estado palestino." A cidade
abriga locais sagrados para judeus, muçulmanos e cristãos.
Com agências internacionais
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