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VENEZUELA
Chávez poderá ter ampliação imediata de mandato, diz juíza
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
O presidente venezuelano,
Hugo Chávez, terá o atual
mandato "imediatamente"
ampliado de seis para sete
anos caso a reforma constitucional que ele propôs seja
aprovada em referendo, na
avaliação da presidente do
Tribunal Supremo de Justiça
(TSJ), Luisa Estella Morales.
"É preciso esperar que se
debata na Assembléia Nacional (...) No entanto, sendo
um tema constitucional, sem
dúvida que [a ampliação] entra em vigência imediatamente", afirmou Morales em
declarações publicadas anteontem pelo jornal venezuelano "El Universal".
Acusada de chavista pela
oposição, Morales participou da comissão presidencial que ajudou a elaborar
proposta de reforma da
Constituição.
Se a mudança for aprovada, Chávez terminaria o
atual mandato em 2014, ano
em que o Brasil escolherá o
substituto do presidente que
suceder Lula. No poder desde 1999, o venezuelano já é o
segundo mandatário há mais
tempo à frente de um país
americano, atrás apenas do
aliado cubano, Fidel Castro.
Caso o mandato seja ampliado e a reeleição indefinida aprovada, Chávez, 53, terá
a chance de se reeleger em
2014 e ficar até 2021, ano em
que, segundo ele, termina a
transição ao socialismo.
Para que a reforma seja
implantada, é necessária a
aprovação pela Assembléia
Nacional e a ratificação por
um referendo consultivo.
Ontem, em edição do programa "Alô Presidente" que
teve a presença do ex-jogador argentino Maradona,
Chávez confirmou a compra
de 5.000 rifles da Rússia.
O presidente disse ainda
que "não tem nada a explicar" sobre a apreensão de
quase US$ 800 mil na Argentina em posse de um empresário venezuelano-americano ligado ao seu governo, no
início do mês.
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