São Paulo, segunda-feira, 20 de agosto de 2007

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VENEZUELA

Chávez poderá ter ampliação imediata de mandato, diz juíza

FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, terá o atual mandato "imediatamente" ampliado de seis para sete anos caso a reforma constitucional que ele propôs seja aprovada em referendo, na avaliação da presidente do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), Luisa Estella Morales.
"É preciso esperar que se debata na Assembléia Nacional (...) No entanto, sendo um tema constitucional, sem dúvida que [a ampliação] entra em vigência imediatamente", afirmou Morales em declarações publicadas anteontem pelo jornal venezuelano "El Universal".
Acusada de chavista pela oposição, Morales participou da comissão presidencial que ajudou a elaborar proposta de reforma da Constituição.
Se a mudança for aprovada, Chávez terminaria o atual mandato em 2014, ano em que o Brasil escolherá o substituto do presidente que suceder Lula. No poder desde 1999, o venezuelano já é o segundo mandatário há mais tempo à frente de um país americano, atrás apenas do aliado cubano, Fidel Castro.
Caso o mandato seja ampliado e a reeleição indefinida aprovada, Chávez, 53, terá a chance de se reeleger em 2014 e ficar até 2021, ano em que, segundo ele, termina a transição ao socialismo.
Para que a reforma seja implantada, é necessária a aprovação pela Assembléia Nacional e a ratificação por um referendo consultivo.
Ontem, em edição do programa "Alô Presidente" que teve a presença do ex-jogador argentino Maradona, Chávez confirmou a compra de 5.000 rifles da Rússia.
O presidente disse ainda que "não tem nada a explicar" sobre a apreensão de quase US$ 800 mil na Argentina em posse de um empresário venezuelano-americano ligado ao seu governo, no início do mês.


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