São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2010

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Forças iraquianas estão aptas, diz governo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo iraquiano afirmou que as forças nacionais são capazes de assumir a segurança do país após a saída das últimas tropas de combate americanas.
Em declaração à imprensa, o porta-voz do Executivo iraquiano, Ali al Dabag, disse que a retirada americana foi uma ação planejada entre ambos os governos e que o preparo dos órgãos de segurança do Iraque é bom o suficiente para enfrentar os desafios futuros.
"Optamos por assumir a missão de manter a segurança do país sozinhos, sem a necessidade de ajuda de tropas estrangeiras", disse o porta-voz.
A retirada americana coincidiu com a apresentação do novo embaixador dos EUA em Bagdá, James Jeffrey, em evento que contou com a presença do primeiro-ministro iraquiano, Nuri al Maliki.
No encontro, Maliki destacou a importância de "reforçar os laços entre o Iraque e os EUA".

RETIRADA TOTAL
O primeiro-ministro também se referiu ao pacto de segurança firmado em dezembro de 2008, que estipula a retirada total dos americanos no fim de 2011.
Jeffrey, por sua vez, ofereceu o apoio dos EUA ao processo político e democrático e aos partidos do Iraque.
O Executivo iraquiano enfrenta um impasse desde 7 de março, devido à falta de consenso entre as diferentes coalizões partidárias.
Apesar da retirada americana, nem a Casa Branca nem o Pentágono deram por terminada a missão de combate no país, fixada para 31 de agosto.
Segundo a rede de TV CNN, a saída das últimas tropas de combate faz com que os EUA tenham 56 mil soldados no país.

RESSALVAS
A rede indicou que, para o cumprimento da meta de terminar as missões de combate, é necessária a saída de 6.000 militares adicionais.
Nas ruas de Bagdá, porém, alguns veem a saída americana com ressalvas. "O Exército iraquiano não é forte para garantir a segurança", diz o taxista Chamel Abdalah, 43.
Outros, como Haizam Meky, 17, comemoravam. "[Os americanos] Destruíram os móveis de nossa casa e golpearam brutalmente o meu pai", diz o rapaz, recordando-se de uma ação que, diz, ocorreu há seis anos.


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